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Promotor da Lava Jato peruana pede prisão preventiva de Keiko Fujimori

O procurador José Domingo Pérez pediu à 4ª Vara do Crime Organizado que seja revogado a liberdade condicional e emitida a prisão preventiva para Keiko Fujimori Higuchi

Keiko Fujimori, ex-congressista e candidata de direita à presidência do Peru (AFP/AFP)

Keiko Fujimori, ex-congressista e candidata de direita à presidência do Peru (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 10 de junho de 2021 às 12h38.

Última atualização em 10 de junho de 2021 às 14h46.

Um procurador da Lava-Jato peruana pediu, nesta quinta-feira (10), a prisão preventiva para a candidata direitista Keiko Fujimori, por ter se reunido indevidamente com uma testemunha do caso Odebrecht, enquanto o resultado da eleição presidencial de domingo continua em aberto.

O procurador José Domingo Pérez pediu à Quarta Vara do Crime Organizado "que seja revogado o comparecimento com restrições (liberdade condicional) e seja emitida a prisão preventiva contra a candidata Keiko Fujimori Higuchi".

"Foi determinado novamente que a acusada Fujimori Higuchi violou a restrição de não se comunicar com as testemunhas; pois foi revelado como fato público e notório que ela se comunica com a testemunha Miguel Torres Morales", argumentou o procurador, cuja solicitação deve ser decidida pelo Tribunal.

Fujimori, de 46 anos, que disputa a presidência do Peru contra o candidato de esquerda Pedro Castillo, se apresentou na quarta-feira à noite em uma coletiva de imprensa em Lima para pedir ao Tribunal Eleitoral a nulidade de 802 atas - cerca de 200.000 votos -, onde estava acompanhada de Torres Morales, na qualidade de assessor.

Pedro Castillo tem uma leve vantagem na contagem oficial dos votos, de 50,2% contra 49,7% para Fujiori, com 99,1% das atas apuradas.

Por não ter sido condenada, Keiko conseguiu se candidatar à eleição, apesar de ser investigada por receber supostamente dinheiro ilegal da construtora brasileira Odebrecht para suas campanhas de 2011 e 2016, acusações que ela nega.

A candidata, que deve ir a julgamento por este caso se não ganhar a presidência, permaneceu 16 meses em prisão preventiva, até maio de 2020.

Em virtude do "comparecimento vigiado", em maio a Justiça peruana impediu que a filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori viajasse para o Equador para comparecer a um encontro político para a qual foi convidada pelo prêmio Nobel peruano Mario Vargas Llosa, que apoia sua candidatura.

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