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Projeto visa escolha de candidato que desafie Putin em 2018

"Ao invés de Putin", se chama o projeto virtual lançado em Londres, no qual os interessados podem votar em seu candidato alternativo ao atual presidente


	Vladimir Putin: poucos analistas acreditam que a oposição extraparlamentar conseguirá alguma cadeira
 (Mikhail Klimentyev / Reuters)

Vladimir Putin: poucos analistas acreditam que a oposição extraparlamentar conseguirá alguma cadeira (Mikhail Klimentyev / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2016 às 09h41.

Moscou - O empresário russo Mikhail Khodorkovski apresentou nesta segunda-feira um projeto para escolher um candidato presidencial que desafie o chefe do Kremlin, Vladimir Putin, nas eleições de 2018.

"Ao invés de Putin", se chama o projeto virtual lançado em Londres, no qual os interessados podem votar em seu candidato alternativo ao atual presidente, que ainda não confirmou se tentará a reeleição.

Entre os candidatos se destacam o líder da oposição extraparlamentar, o blogueiro anticorrupção Sergei Navalni; o ex-primeiro-ministro Mikhail Kasianov, e o histórico dirigente liberal Grigori Yavlinski, fundador do Yabloko, o Partido Democrático Unificado da Rússia.

Navalni, que obteve um resultado histórico nas eleições para a prefeitura de Moscou ao conseguir um terço dos votos, não pode concorrer às eleições por ter antecedentes penais, mas os autores do projeto deixaram a porta aberta para ele.

Outras figuras incluídas na lista são Tatiana Yumasheva, filha do falecido presidente russo Boris Yeltsin; o prefeito de Yekaterimburgo, Yevgueni Roizman, e o ex-ministro de Finanças, Alexei Kudrin, antigo colaborador de Putin.

Khodorkovski, que não quis se apresentar como candidato, já que se encontra no exílio no Reino Unido e na Suíça desde que recebeu um indulto de Putin em 2013, garantiu que apoiará o candidato escolhido na hora de obter as assinaturas necessárias.

Segundo disseram à Agência Efe fontes da oposição, Putin poderia antecipar as eleições presidenciais devido à crise econômica, mas tudo dependerá dos resultados do partido do Kremlin, o Rússia Unida, nas legislativas de domingo.

Em princípio, Yavlinski, que há anos vive uma batalha particular com Navalni e que o expulsou do Yabloko, tem intenção de apresentar sua candidatura às presidenciais, mas tudo depende dos resultados das eleições parlamentares.

Apesar de as autoridades terem reduzido de 7% para 5% os votos necessários para entrar no parlamento, poucos analistas acreditam que a oposição extraparlamentar conseguirá alguma cadeira.

Nem Dmitri Gudkov, expulso do Rússia Justa por suas críticas ao Kremlin e que é candidato pelo Yabloko, deve conseguir uma cadeira na Duma.

Segundo as pesquisas, o partido do Kremlin conta com apoio de 44% do eleitorado, um mínimo histórico, por isso é quase impossível que consiga a maioria constitucional, ou seja, 300 deputados de um total de 450 que formam a Duma. 

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