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Projeto que substitui Obamacare é aprovado em dois comitês

Parlamentares republicanos conservadores alertam que a proposta como está não vai passar pelo Senado

Capitólio: votação final do projeto na Câmara deve ser realizada no fim deste mês (Craig Toocheck/Stock.xchng/iStockphoto)

Capitólio: votação final do projeto na Câmara deve ser realizada no fim deste mês (Craig Toocheck/Stock.xchng/iStockphoto)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de março de 2017 às 07h25.

Washington - A nova legislação elaborada pelo Partido Republicano para revogar e substituir o Ato de Cuidado Acessível, que ficou conhecido como Obamacare, avançou nesta quinta-feira por mais dois comitês da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

No entanto, alguns sinais de discordância se espalharam pelo Capitólio, com alguns congressistas conservadores advertindo que a atual revisão da lei de saúde não será aprovada.

Os comitês de Energia e de Comércio e Medidas aprovaram o substituto do Obamacare, que revoga parte da lei de saúde implementada pelo ex-presidente Barack Obama em 2010.

O objetivo do presidente da Câmara, Paul Ryan, é o de que uma votação final no plenário da casa ocorra no fim deste mês.

No entanto, alguns congressistas mais conservadores dispararam tiros de aviso aos líderes republicanos, em um desafio aberto a Ryan.

Segundo o presidente da Câmmara, os republicanos deveriam se unir por trás do projeto ou renegar sua promessa de revogar o Obamacare. "Realmente se resume a uma escolha binária. Esta é a melhor e única chance para conseguirmos isso", disse.

Essa avaliação de Ryan foi contestada pelos conservadores, que tornaram público sua preocupação com a abordagem dos criadores do programa.

A primeira advertência do dia foi enviada na manhã de quinta-feira pelo senador Tom Cotton, do Arkansas, que escreveu, em seu perfil no Twitter, que o atual projeto da Câmara não será aprovado no Senado.

"Para os meus amigos na Câmara: façam uma pausa e comecem de novo. O que importa a longo prazo é melhor: os cuidados de saúde mais acessíveis para os americanos, e não o calendário legislativo arbitrário dos líderes da Câmara."

Além do fogo amigo dos republicanos, críticas ao projeto também surgiram na oposição. Os democratas criticaram a proposta, ao dizer que ela prejudicaria a capacidade das pessoas de manter e pagar o seguro de saúde.

"Os republicanos estão correndo para forçar jovens e velhos americanos a pagar mais por menos em seus cuidades de saúde", disse a líder do Partido Democrata na Câmara, Nancy Pelosi, em seu perfil no Twitter.

Já na Casa Branca, o presidente Donald Trump tentou acabar com as divisões de seu partido na questão. "Apesar do que vocês têm ouvido na imprensa, os cuidados de saúde estão chegando muito bem. Estamos falando com muitos grupos e isso terminará em um belo quadro!", tuitou.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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