Programa de previsão de riscos ambientais terá investimento de 4,7 milhões de euros (Divulgação/Embrapa)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2011 às 14h10.
São Paulo - Cientistas brasileiros e estrangeiros estão desenvolvendo o projeto Amazalert pelo qual buscaram soluções para prever os riscos ambientais e o impacto das mudanças climáticas e o uso da terra na floresta amazônica.
O projeto é liderado pela Universidade de Wageningen, dos Países Baixos, e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Pelo menos 50 pesquisadores irão trabalhar na produção de modelos de projeção em três supercomputadores instalados em Cachoeira Paulista (SP), na França e no Reino Unido. O investimento será de 4,7 milhões de euros.
Segundo um dos coordenadores do projeto no Brasil, Celso Von Randow, as previsões serão baseadas nos padrões estipulados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O programa irá supor como será a situação do planeta com o aumento das emissões de gases de efeito estufa e da temperatura em anos distintos.
Antes de elaborar os modelos, os pesquisadores pretendem entrevistar pessoas ligadas ao setor governamental, organizações ambientais e a própria população. Desta forma, será mais fácil coletar informações sobre quais as ações atuais estão ocorrendo para evitar a destruição da floresta, o que pode vir a ser realizado e qual o impacto para as pessoas que vivem no local.
O Amazalert está sob comando de Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Os responsáveis pelo Amazalert se reunirão entre os dias 3 e 5 de outubro, em São José dos Campos (SP) para debater o projeto.