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Proibida pelas autoridades, Marcha do Orgulho de Budapeste começa com milhares de pessoas

Até o início da marcha na Praça Deák, localizada ao lado da prefeitura de Budapeste, não houve incidentes

Mês do Orgulho LGBT: acontece neste sábado, 28, a Marcha do Orgulho de Budapeste 2025 (Attila Kisbenedek/AFP)

Mês do Orgulho LGBT: acontece neste sábado, 28, a Marcha do Orgulho de Budapeste 2025 (Attila Kisbenedek/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 28 de junho de 2025 às 13h31.

Com a participação de dezenas de milhares de pessoas, incluindo inúmeros políticos e parlamentares de toda a Europa, começou neste sábado, 28, a Marcha do Orgulho de Budapeste 2025, que foi proibida pelo governo ultranacionalista da Hungria.

Em um clima pacífico e festivo, os manifestantes planejam marchar pelo centro da capital húngara nas próximas horas sob o lema "Liberdade e amor não podem ser proibidos".

Até o início da marcha na Praça Deák, localizada ao lado da prefeitura de Budapeste, não houve incidentes, apenas algumas provocações por parte dos que se opunham à manifestação.

Poucos minutos após o início, uma dúzia de policiais bloqueou a marcha na tentativa de desviá-la do trajeto planejado.

"Arrependam-se! Morrer de aids pode ser evitado. Abandonem a homossexualidade!", gritava um homem vestindo uma camiseta preta com a inscrição "Pregador Cristão", acompanhado por outra pessoa segurando uma Bíblia.

Uma pesquisa recente realizada pelo instituto de pesquisas Publicus indica que 78% dos habitantes de Budapeste se opõem à proibição imposta pela polícia húngara, que usou como base para sua decisão uma lei recente aprovada pelo governo ultranacionalista.

Essa lei, promovida pelo Fidesz, partido do primeiro-ministro ultranacionalista Viktor Orbán, estipula que eventos públicos podem ser proibidos se comprometerem o desenvolvimento considerado "apropriado" para menores.

Em resposta à proibição, o prefeito de Budapeste, o ambientalista progressista Gergely Karácsony, decidiu incluir a Marcha do Orgulho em um evento municipal na capital, o que, em sua opinião, não exige permissão ou registro das autoridades.

O próprio Orbán alertou nos últimos dias que os participantes da marcha não autorizada poderiam enfrentar consequências legais, incluindo multas de até 200.000 forints (cerca de R$ 3.200 euros).

Um grupo de cerca de 40 ativistas de extrema-direita bloqueou a Ponte da Liberdade, por onde a marcha pretende passar nas próximas horas.

Embora a Marcha do Orgulho tenha sido proibida, as autoridades autorizaram esta contramanifestação organizada por um partido de extrema-direita.

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