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Programa da Petrobras quer desenvolver novos polos

Foi assinado há pouco um memorando de entendimento entre o MDIC e a Petrobras, com o objetivo de desenvolver a cadeia fornecedora de bens e serviços para energia


	Graça afirmou que a companhia não busca 100% de conteúdo local. "Quero saber o que não pode ser feito ainda no Brasil", disse
 (Nacho Doce/Reuters)

Graça afirmou que a companhia não busca 100% de conteúdo local. "Quero saber o que não pode ser feito ainda no Brasil", disse (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2012 às 12h39.

Rio de Janeiro - O programa de incentivo à cadeia fornecedora para a indústria de petróleo e gás natural tem o objetivo de incentivar novos polos industriais além do Rio de Janeiro e São Paulo. Projeto piloto está sendo desenvolvido no polo industrial de Belo Horizonte, Salvador e Recife. Ainda foi mencionado o Paraná, como uma alternativa.

"O que não significa que o Rio de Janeiro e São Paulo não possam ser beneficiados", afirmou o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges Lemos.

Foi assinado há pouco um memorando de entendimento entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Petrobras, com o objetivo de desenvolver a cadeia fornecedora de bens e serviços para energia. O objetivo é aumentar a competitividade das empresas nacionais. A iniciativa faz parte do programa Brasil Maior.

Já a presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou que companhia busca índices melhores de conteúdo local, mas sem comprometer a competitividade e mantendo a disciplina de capital. "O fato é que devemos fazer isso com excelência, competitividade e melhores prazos", disse.

A executiva lembrou que os índices de conteúdo local dentro da companhia cresceram na última década. Na área de Exploração e Produção, muitos projetos estão em 65%, ante uma média de 40% a 55% de anos anteriores. No refino, o índice citado por Graça foi de 92%. No gás e Energia, a taxa passou de 70% para 90%.

Graça afirmou que a companhia não busca 100% de conteúdo local. "Quero saber o que não pode ser feito ainda no Brasil", disse. Conteúdo local faz parte da nossa cultura.

No mesmo evento o ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, afirmou que a indústria nacional de petróleo carrega pesados ônus do passado e, por isso, merece um esforço do governo para que possa evoluir. "O programa Inova Petro vai desenvolver um dos setores mais promissores da indústria nacional. É uma ação que visa a aprimorar o conhecimento em um área que somos líderes mundialmente, que é a exploração de petróleo e gás", disse.


O ministro ressaltou que estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) enumera uma série de vantagens da indústria fornecedora da Petrobras em comparação àquelas que atendem outros setores. Foi dado como exemplo a constatação de que fornecedores da Petrobras pagam 80% mais do que os demais. São, segundo o estudo, empresas com mais margem de negociação, com mais tempo de mercado, que possuem mão de obra mais qualificada, que exportam mais e com mais pesquisadores. "Os fornecedores da Petrobras são mais capazes de se engajar em atividades de inovação", disse o ministro.

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