Mundo

Professor pede a alunos que pisem no nome "Jesus" nos EUA

Segundo a universidade, nenhum estudante foi obrigado a realizar a atividade e o professor disse aos estudantes que poderiam escolher participar ou não


	"Estou seriamente contrariado pelas recentes ações na faculdade da Universidade Atlântica da Flórida", escreveu o governador Rick Scott ao reitor da instituição
 (Joe Raedle/Getty Images/AFP)

"Estou seriamente contrariado pelas recentes ações na faculdade da Universidade Atlântica da Flórida", escreveu o governador Rick Scott ao reitor da instituição (Joe Raedle/Getty Images/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 20h30.

Miami - A iniciativa de um professor universitário da Flórida de fazer com que seus alunos escrevessem o nome "Jesus" em folhas e depois pisassem nas mesmas gerou tal controvérsia que até o governador do estado interveio, e a universidade teve que pedir desculpas nesta quarta-feira.

"Estou seriamente contrariado pelas recentes ações na faculdade da Universidade Atlântica da Flórida", escreveu o governador Rick Scott em carta remetida ao reitor da instituição, Frank T. Brogan.

A universidade prometeu que o caso não voltará a ocorrer, em vista da polêmica gerada pelo fato de um professor da disciplina de comunicações interculturais ter pedido a seus alunos que escrevessem em grandes letras o nome "Jesus" em um papel, o colocassem no chão e, após um tempo, ficassem em cima dele e dissessem o que sentiam.

Em sua mensagem, Scott expressa dúvidas sobre "as lições que estão sendo ensinadas" nas aulas em seu estado e sobre o respeito aos direitos dos alunos, e pede um relatório exaustivo sobre o incidente e sobre como foi administrado.

Além disso, exige à universidade um compromisso que não se voltam a dar "lições" como esta, à qual classifica de "ofensiva e inclusive intolerante para com os cristãos e os crentes de qualquer fé, que merecem ser respeitados".

A resposta da Universidade não demorou a chegar, e na capa de seu site pode ser lida hoje uma mensagem na qual detalha o ocorrido, defende seus valores e se compromete a não repetir tal ato.

"Devido à natureza ofensiva do ato, não vamos repetí-lo e pedimos desculpas à comunidade. Foi insensível e inaceitável. Continuamos pedindo desculpas a todas as pessoas que se sentiram ofendidas e lamentamos profundamente esta situação", diz a mensagem.

Ainda segundo o texto da universidade, "nenhum estudante se viu obrigado a participar" desta atividade, e "o professor disse a todos os estudantes na aula que poderiam escolher se queriam participar ou não".

"A Universidade dá muita importância a seus valores fundamentais (...), respeita todas as religiões e dá as boas-vindas a pessoas de todas as religiões, origens e crenças", conclui.

Um dos alunos afirmou ter se negado a fazer o exercício e disse que foi repreendido pelo professor, o que também gerou muita polêmica, apesar de a universidade negar que isso tenha acontecido.

Scott disse ter falado com o aluno em questão pessoalmente e o parabenizou por ter "a coragem de mostrar o rosto por sua fé".

Acompanhe tudo sobre:FlóridaIgreja CatólicaReligião

Mais de Mundo

Ataque de Israel ao sul do Líbano deixa um militar morto e 18 feridos

Trump completa escolha para altos cargos de seu gabinete com secretária de Agricultura

Zelensky pede mais sistemas de defesa antiaérea após semana de fortes bombardeios

Após G20, Brasil assume Brics em novo contexto global