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Produção de óleo da Petrobras volta aos níveis de 2009

A Petrobras atribui o recuo no mês a paradas para manutenção em duas plataformas, parte dos planos da companhia para recuperar os volumes extraídos

A Petrobras disse que problemas no poço Espinal, na Colômbia, levou a uma redução de 2,7% em sua produção em instalações internacionais (Bruno Veiga/Divulgação)

A Petrobras disse que problemas no poço Espinal, na Colômbia, levou a uma redução de 2,7% em sua produção em instalações internacionais (Bruno Veiga/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 23h30.

Rio - Os mais recentes dados de produção de petróleo da Petrobras, referentes a agosto, mostram que a companhia voltou aos níveis registrados em janeiro de 2009, de 1,92 milhão barris de óleo por dia. A Petrobras atribui o recuo no mês a paradas para manutenção em duas plataformas, parte dos planos da companhia para recuperar os volumes extraídos.

A Bacia de Campos em 2009 respondia por 86% da produção do País e hoje tem participação de 80%. Neste principal centro produtor nacional, a queda desde janeiro deste ano foi de 200 mil barris/dia, ou cerca de 10% da produção total.

Recuos reincidentes dos últimos tempos preocupam a Agência Nacional do Petróleo (ANP), que cobrou da empresa novos planos para desenvolver cerca de 15 campos. A Petrobras já entregou uma leva da papelada, cujo primeiro prazo venceu no último fim de semana. O cronograma para apresentação dos planos continua nos próximos meses e a ANP tem um prazo regimental de 180 dias para avaliá-los, embora pretenda emitir seu parecer antes do limite.

O objetivo da agência é verificar se as jazidas estão recebendo investimentos adequados e tendo o melhor aproveitamento possível. O entendimento é de que a Petrobrás se voltou para o pré-sal nos últimos anos, reduzindo os investimentos no pós-sal.

No entanto, apesar do potencial, o pré-sal responde hoje por apenas 5% da produção da companhia. Poços no pós-sal apresentaram declínio natural na extração de petróleo e, sem novas perfurações, os campos se manterão com o potencial de exploração aquém do esperado.


A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, chegou a afirmar em meados de setembro que a queda de produção era preocupante e que a petroleira precisaria realizar um esforço adicional de intensificação da perfuração de novos poços. "A produção de petróleo tem que subir. Isso me preocupa neste momento. O momento é de acelerar a produção", disse ela, na ocasião.

Em agosto, a Petrobras produziu 1,927 milhão barris de óleo por dia, resultado maior apenas do que os 1,922 milhão b/d registrados em janeiro de 2009. A média mensal de 1,997 milhão b/d registrada este ano também só é melhor do que a média de 2009, ano quando foram produzidos 1,970 milhão b/d.

A queda é mais acentuada na Bacia de Campos, onde se concentram os grandes campos produtores do pós-sal. Houve redução de 11% desde janeiro, de 1,753 milhão b/d para 1,551 milhão b/d em agosto. Segundo a Petrobras, o resultado mensal foi prejudicado pelas paradas programadas para manutenção das plataformas P-52 (campo de Roncador) e FPSO-Cidade de Niteroi (Marlim Leste).

As manutenções fazem parte do Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia da Campos (Proef), criado há dois meses para restaurar a eficiência operacional da Bacia de Campos a seus níveis históricos de produção próximos de 90%. A companhia, que no último plano de negócios (2012-2016) divulgado em junho reduziu em até 1 milhão de barris/dia as metas de produção para esta década, prevê aumento dos volumes produzidos apenas a partir de 2014.

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