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Produção de gás no Brasil deve triplicar até 2020, diz ANP

Segundo a agência, a produção deve saltar dos atuais 40 milhões de metros cúbicos por dia para estimados 130 milhões diários


	A produção total de gás no Brasil é de cerca de 70 milhões de metros cúbicos atualmente, mas boa parte disso é consumida pela Petrobras em suas instalações
 (Katja Buchholz/Getty Images)

A produção total de gás no Brasil é de cerca de 70 milhões de metros cúbicos atualmente, mas boa parte disso é consumida pela Petrobras em suas instalações (Katja Buchholz/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 13h36.

Houston - O volume de gás natural disponível para o mercado brasileiro deve triplicar até 2020, afirmou a diretora-presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard.

A produção no Brasil deve saltar dos atuais 40 milhões de metros cúbicos por dia para estimados 130 milhões diários naquele ano.

A produção total de gás no Brasil é de cerca de 70 milhões de metros cúbicos atualmente, mas boa parte disso é consumida pela Petrobras em suas instalações. Segundo Magda, sobram para ser consumidos pelo mercado cerca de 40 milhões/m³. E é esse valor que deve ser triplicado até 2020.

Magda fez nesta quarta-feira, 08, uma palestra com lotação esgotada promovida pela Brazil-Texas Chamber of Commerce, paralelamente ao encontro anual da Offshore Technology Conference (OTC), o maior evento mundial dedicado à área de exploração e produção de petróleo no mar.

Em sua palestra, Magda frisou que há cerca de 20 anos o mercado de gás no Brasil "não era nada". Em 2000, respondia por cerca de 5% da matriz energética. Em 2011, chegou a 15%. Enquanto o petróleo no Brasil é basicamente offshore (no mar), a diretora da ANP ressaltou que o mercado de gás natural será basicamente "onshore" (em terra).


Ela destacou o potencial das bacias do Acre, Paraná, Parnaíba (no Maranhão e Piauí), São Francisco (entre Minas Gerais e Bahia), Parecis (Mato Grosso), Sergipe/Alagoas e Recôncavo (Bahia).

Blocos dentro dessas áreas irão a leilão no final de outubro, mas Magda destacou que ainda falta aprovação formal de reguladores ambientais. "Os potenciais (dessas reservas) são tão grandes que não podemos deixar o gás de lado no Brasil", afirmou, destacando que estimativas feitas com base em um campo de gás nos Estados Unidos (Barnett Shale) sugerem um volume alto de gás nessas bacias.

Em conversa com jornalistas depois da palestra, Madga se disse otimista e tem expectativa de que esses leilões devem atrair competidores. Será a 12ª rodada de leilões.

A 11ª ocorre nos dias 14 e 15. A executiva disse que será um bom teste para ver o interesse das empresas estrangeiras pelo gás brasileiro, pois esse leilão terá duas bacias de gás - Parnaíba (Maranhão e Piauí) e Tucano (na Bahia). "Ao que tudo indica, vamos ter concorrência."

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