EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2013 às 08h24.
Londres - A Organização Internacional do Açúcar (OIA) prevê que a produção de etanol crescerá a um ritmo bem superior à produção de açúcar no Brasil nos próximos anos.
Estimativa divulgada nesta sexta-feira pelo economista-sênior da entidade, Leonardo Bichara Rocha, mostra que a produção do combustível renovável deve crescer 13,7% na safra 2013/14 de cana-de-açúcar, em fase de colheita, e 7,1% no período de 2014/15. O ritmo é bem mais intenso que a previsão de aumento da produção de pouco mais de 2% para o açúcar no Brasil.
Segundo estimativa apresentada pela OIA, a produção brasileira de etanol deve crescer dos 23,4 bilhões de litros observados na safra 2012/13 para volume de 26,6 bilhões de litros na safra 2013/14.
O número mostra aumento de quase 14% em apenas uma safra. A tendência de aumento continua no período seguinte, quando a produção de etanol deve alcançar 28,5 bilhões de litros no período de 2014/15. Com essa reação, a produção brasileira deve voltar ao nível observado em 2010, quando foram produzidos 28 bilhões de litros do combustível.
O ritmo do aumento da produção de açúcar será mais lenta. Bichara Rocha prevê 41 milhões de toneladas em 2013/14, valor 2,5% maior que o observado na safra anterior. Para o período seguinte, o ritmo de expansão da produção seguirá praticamente o mesmo e a produção de açúcar deve atingir 42 milhões de toneladas em 2014/15, com crescimento de 2,4%.
"Vemos um aumento gradual da produção de açúcar no Brasil até 2014/15, quando a produção deve atingir 42 milhões de toneladas. Esse montante inclui a produção do Centro-Sul e do Nordeste do País. Mas o que é mais interessante no cenário é a grande recuperação da produção de etanol. Projetamos aumento da produção para 28,5 bilhões de litros na safra de 2014/15", disse o economista da OIA.
Nesse cenário, as exportações brasileiras de açúcar devem cair 0,7% no total embarcado da safra 2013/14, para 28 milhões de toneladas. Para 2014/15, há expectativa de recuperação, com 29 milhões de toneladas exportadas.