Johanesburgo - A procuradoria apresentou nesta terça-feira um recurso à sentença e ao veredicto contra o atleta sul-africano Oscar Pistorius, condenado a cinco anos de prisão pelo homicídio da namorada, a modelo Reeva Steenkamp, que matou a tiros em fevereiro de 2013.
"Anunciamos que a Autoridade Fiscal Nacional (NPA, sigla em inglês) completou a solicitação de apelação do veredito e da sentença. A apelação do veredito é fundamentada em uma questão legal", disse o porta-voz do Ministério Público, Nathi Mncube em comunicado.
A NPA apresentou o recurso perante o Tribunal Superior de Pretória, onde Pistorius foi julgado desde o dia 3 de março.
A juíza do caso, Thokozile Masipa, aceitou a versão do atleta, segundo a qual ele abriu fogo contra a namorada através da porta do banheiro ao confundí-la com um intruso.
Ela concluiu que o atleta não é culpado de homicídio doloso porque não tinha a intenção de matar a pessoa que estava no vaso sanitário.
Apesar de ter aceitado a versão, Masipa determinou que Pistorius atuou com grande negligência ao disparar contra a ameaça percebida, já que tinha alternativas que evitariam a morte de Steenkamp.
A magistrada vai avaliar se existem fundamentos legais para aceitar o recurso.
Se a apelação for aceita, entre três e cinco juízes julgarão o recurso da procuradoria, que defenderá que o atleta tinha a intenção de matar e que Pistorius merece ser condenado por homicídio doloso, o que daria uma pena mínima de 15 anos de prisão, segundo a imprensa local.
Se Masipa rejeitar o recurso, a procuradoria deverá recorrer à Suprema Corte de Apelação em Bloemfontein, que decidiria se a apelação poderia modificar a pena.
Pistorius foi encaminhado à prisão Kgosi Mampuru II, de Pretória, no dia 21 de outubro.
O atleta, de 27 anos, que tem as duas pernas amputadas devido a um problema genético e corre sobre próteses de carbono, fez história nos Jogos Olímpicos de Londres de 2012 ao se tornar o primeiro atleta a correr com próteses nas Olimpíadas.
Ícone global de superação e coragem, Pistorius caiu em desgraça após matar Steenkamp a tiros na madrugada do dia 14 de fevereiro de 2013 na própria casa, em Pretória.
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1. Imagem
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1/10 (David Gray/Reuters)
São Paulo - Nesta quinta-feira, a Nike anunciou em comunicado oficial a suspensão do seu contrato de
patrocínio com o atleta olímpico e paralímpico Oscar Pistorius, acusado de matar a namorada a tiros. Patrocinadora do sul-africano desde 2007, a empresa está sendo lembrada novamente de que associar a reputação de sua companhia ao nome de estrelas é um negócio arriscado. Não é que não haja exemplos entre as
marcas - a Nike também era apoiadora de outros nomes envolvidos em escândalos recentes, como Lance Armstrong e Tiger Woods. Confira esses e outros casos de apoio a atletas que acabaram criando ricochetes na
publicidade.
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2. Oscar Pistorius
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2/10 (Siphiwe Sibeko/Reuters)
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3. Lance Armstrong
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3/10 (Spencer Platt/Getty Images)
O (antes) maior ciclista do mundo teve sua imagem de atleta destruída pelo uso do doping no fim do ano passado. O esportista foi banido eternamente e desclassificado de todos seus resultados obtidos desde agosto de 1998 por causa do uso e distribuição de substâncias proibidas. A Nike, a gigante de cervejas AB-Imbev, a Oakley e a Trek, fabricante das bicicletas usadas pelo ciclista, retiraram seus apoios.
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4. Tiger Woods
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4/10 (Getty Images)
Quando a vida pessoal do golfista saiu do controle, Gatorade, AT&T, Accenture e a marca de relógios Tag Heuer cortaram laços com o atleta. No auge da carreira e apontado como um dos melhores golfistas de todos os tempos, Woods foi o protagonista de um escândalo sexual que envolveu numerosas amantes e rendeu desculpas públicas.
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5. Magic Johnson
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5/10 (Getty Images)
Um dos maiores atletas dos anos 90 perdeu o apoio da Pepsi e da Converse logo após o anúncio de que havia contraído o vírus do HIV em 1991. Considerado o maior armador da história da NBA, o jogador de basquete se aposentou logo dapós o diagnóstico e tornou-se um conhecido porta-voz no combate à AIDS até os dias de hoje.
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6. O.J. Simpson
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6/10 (Getty Images)
O ex-jogador de futebol americano foi pivô de um dos julgamentos mais famosos da década de noventa. Em 1994, ele foi acusado do assassinato de sua ex-mulher Nicole Brown e de seu amigo Ronald Goldman. Simpson foi absolvido após um longo julgamento, que recebeu grande destaque na mídia, e custou-lhe o patrocínio da Hertz.
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7. Wayne Rooney
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7/10 (Getty Images)
Depois de ser flagrado traindo sua mulher (grávida na época) com prostitutas, o artilheiro do Manchester United perdeu os patrocínios da Coca-Cola e da Tiger Beer. Foi em 2010. Apenas com a Tiger, estima-se que o apoio rendia ao jogador 300 mil libras anuais.
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8. Kobe Bryant
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8/10 (Getty Images)
O jogador de basquete dos Lakers, nos Estados, foi acusado de assédio sexual em 2003 pela funcionária de um hotel do Colorado. O atleta admitiu ser adúltero, mas não assumiu o crime, que foi retirado mais tarde - mas lhe custou um patrocínio do McDonald’s.
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9. Michael Vick
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O jogador de futebol americano não apenas perdeu o patrocínio da Nike e da Rawling, como também foi preso. O crime: organizar rinhas de cachorros. O caso explodiu em 2007, quando descobriu-se que o atleta do Atlanta Falcons promovia brigas entre pitbulls num ringue.
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10. Ben Johnson
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O ex-velocista canadense era considerado o homem mais rápido do mundo na década de 80. Mas viu todo o brilho da fama se esvair, e perdeu sua medalha de ouro das Olimpíadas de 1988. O motivo? Foi pego no teste de esteróides durante os Jogos Olímpicos daquele ano. O passo seguinte foi perder 2,8 milhões de dólares via contrato com a marca de artigos esportivos Diadora.