Mundo

Procuradoria investiga viagem de Macron aos EUA quando ministro

Segundo a porta-voz da Procuradoria de Paris, a investigação não identifica ninguém diretamente como possível autor dos crimes que possam ser verificados

Emmanuel Macron: suspeitas da Procuradoria são de favorecimento em concorrências públicas na organização de um ato com Macron por parte da agência Business France (Axel Schmidt/Getty Images)

Emmanuel Macron: suspeitas da Procuradoria são de favorecimento em concorrências públicas na organização de um ato com Macron por parte da agência Business France (Axel Schmidt/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 7 de julho de 2017 às 10h30.

Paris - A Procuradoria de Paris anunciou nesta sexta-feira a abertura de uma investigação sobre um evento organizado em Las Vegas em janeiro de 2016 durante uma viagem a essa cidade do atual presidente da França, Emmanuel Macron, que naquele momento era ministro da Economia.

A investigação, confiada a vários juízes de instrução, não identifica ninguém diretamente como possível autor dos crimes que possam ser verificados, explicou à Agêcia Efe a porta-voz da Procuradoria, que insistiu que não há nenhuma inculpação.

As suspeitas da Procuradoria, segundo a porta-voz, são de favorecimento em concorrências públicas na organização de um ato com Macron por parte da agência Business France, dependente do Ministério de Economia.

A Business France, que então era dirigida por Murielle Pénicaud, atual ministra de Trabalho da França, encarregou a organização à empresa Havas sem uma licitação pública, algo que era obrigatório levando em conta o valor da operação, de cerca de 300 mil euros.

A diretora da comunicação da Business France, Fabienne Bothy-Chesneau, foi interrogada sobre esse assunto em 21 de junho, um dia após a sede da agência ter sido objeto de uma revista.

A emissora "France Info" apontou nesta sexta-feira que essa ação foi "frutífera", pois permitiu reunir elementos que viriam a reforçar a ideia de que houve um crime de favorecimento.

Murielle, que caso seja acusada teria que deixar o cargo de ministra - de acordo com a regra instituída por Macron -, afirmou que, como diretora-geral da Business France, pediu uma auditoria quando se deu conta, vários meses depois, de que irregularidades tinham sido cometidas.

O problema é que algumas mensagens de e-mail de Fabienne, reveladas pela imprensa, davam a entender que a atual ministra de Trabalho estava a par dessas anormalidades no procedimento de atribuição, que poderiam ocultar um caso de favorecimento.

Acompanhe tudo sobre:Emmanuel MacronEstados Unidos (EUA)FrançaJustiça

Mais de Mundo

Autoridades evacuam parte do aeroporto de Gatwick, em Londres, por incidente de segurança

Japão aprova plano massivo para impulsionar sua economia

Rússia forneceu mísseis antiaéreos à Coreia do Norte em troca de tropas, diz diretor sul-coreano

Musk e Bezos discutem no X por causa de Trump