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Procuradoria do Equador acusará vice de formação de quadrilha

Caso a Corte aceite a argumentação, o vice-presidente passará a ser o político de mais alta categoria a se sentar no banco dos réus dentro do caso Odebrecht

Jorge Glas: o vice permanece preso em Quito desde o dia 2 de outubro (Daniel Tapia/Reuters)

Jorge Glas: o vice permanece preso em Quito desde o dia 2 de outubro (Daniel Tapia/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de novembro de 2017 às 21h12.

Quito - A Procuradoria Geral do Equador anunciou nesta quarta-feira que acusará o vice-presidente do país, Jorge Glas, de formação de quadrilha por seu envolvimento no escândalo de corrupção envolvendo a construtora brasileira Odebrecht.

Em comunicado, a Procuradoria anunciou que "emitirá uma sentença acusatória contra 13 processados no caso de formação de quadrilha", e citou o nome e a letra inicial do sobrenome de Glas, atualmente em prisão preventiva pelo caso.

A Corte Nacional de Justiça, com a presença do procurador-geral do Estado, Carlos Baca, recebeu hoje uma audiência preparatória de julgamento deste caso, na qual descartou acusar outros cinco processados - quatro brasileiros e um equatoriano.

A audiência terminou ao meio-dia e será retomada amanhã, e fontes do tribunal disseram que a abertura de julgamento contra Glas pode ser adiada para sexta-feira.

Caso a Corte aceite a argumentação da Procuradoria, o vice-presidente equatoriano passará a ser o político de mais alta categoria a se sentar no banco dos réus dentro do caso Odebrecht.

Glas, que em todo momento defendeu sua inocência e atribui a sua situação a uma perseguição política e midiática, permanece preso em Quito desde o dia 2 de outubro, e a Justiça desestimou o habeas corpus e os recursos apresentados pela sua defesa argumentando que não se terminou o devido processo.

A decisão de isentar José Conceição dos Santos Filho, ex-diretor no Equador da construtora, foi questionada pelo advogado que defende Glas e pelo ex-presidente equatoriano Rafael Correa.

O ex-controlador do Estado equatoriano Carlos Pólit, foragido da justiça, é desde agosto processado por um suposto crime de recebimento de propinas da empresa brasileira, caso ao qual se somaram na semana passada outros três processados.

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