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Procuradoria de Israel convoca mais de 300 testemunhas em caso Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é investigado em três casos de corrupção

Israel: Netanyahu negou qualquer irregularidade e não é legalmente obrigado a renunciar (Amir Levy/Getty Images)

Israel: Netanyahu negou qualquer irregularidade e não é legalmente obrigado a renunciar (Amir Levy/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 2 de dezembro de 2019 às 15h51.

Jerusalém — Um indiciamento submetido ao Parlamento de Israel nesta segunda-feira contra o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, lista mais de 300 testemunhas da procuradoria, incluindo amigos ricos e ex-aliados, em três casos de corrupção contra o líder.

Ao enviar o indiciamento formalmente ao Legislativo depois de anunciar acusações de suborno, violação de confiança e fraude no dia 21 de novembro, o procurador-geral, Avichai Mandelblit, iniciou uma contagem regressiva de 30 dias durante a qual Netanyahu pode pedir imunidade parlamentar.

Tal proteção parece improvável, já que a política israelense está em desordem por causa das eleições inconclusivas de abril e setembro e da incapacidade de Netanyahu e de seu principal desafiante, Benny Gantz, de conquistar uma maioria absoluta no Parlamento.

Netanyahu, que governa há uma década, negou qualquer irregularidade, dizendo ser vítima de uma tentativa de "golpe" de autoridades judiciais que tentam depor um líder de direita popular.

Como premiê, ele não é legalmente obrigado a renunciar depois de ser acusado. Ainda não há data para o início de um julgamento.

O indiciamento submetido ao Parlamento listou 333 testemunhas da procuradoria. Especialistas em Direito disseram que a lista longa pode estender os processos durante anos.

Entre elas estão o magnata de cassinos norte-americano Sheldon Adelson e sua esposa, Miriam, o produtor de Hollywood Arnon Milchan, o bilionário australiano James Packer, chefes de segurança israelenses aposentados e vários ex-assessores que serão testemunhas do Estado contra o premiê.

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