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Procuradores reforçam caso de fraude contra ex-chefe de campanha de Trump

Procuradores tentaram retratar Manafort como mentiroso que escondeu parte dos US$ 60 mi que recebeu por trabalhos para políticos pró-Rússia na Ucrânia

Paul Manafort: ele enfrenta 18 acusações no primeiro julgamento decorrente da investigação sobre o papel da Rússia na eleição norte-americana de 2016 (Jonathan Ernst/Reuters)

Paul Manafort: ele enfrenta 18 acusações no primeiro julgamento decorrente da investigação sobre o papel da Rússia na eleição norte-americana de 2016 (Jonathan Ernst/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de agosto de 2018 às 19h45.

Alexandria, Estados Unidos - Procuradores colocaram mais pressão nesta quinta-feira no caso de fraude fiscal e bancária contra Paul Manafort, apresentando depoimentos e documentos para tentar provar que o ex-chefe da campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enganou sua principal contadora e um banco sobre suas finanças.

No terceiro dia do julgamento, a acusação recuou das descrições do estilo de vida extravagante de Manafort, focando em vez disso nos principais detalhes de ações que acreditam sustentar as acusações contra ele por fraude bancária, fraude fiscal e por não declarar contas bancárias no exterior.

Os procuradores tentaram retratar Manafort como um fraudador de impostos e um mentiroso que escondeu grande parte dos 60 milhões de dólares que recebeu por trabalhos políticos para políticos pró-Rússia na Ucrânia ao colocar o dinheiro em contas no exterior não divulgadas. O julgamento acontece em tribunal federal em Alexandria, na Virgínia.

Manafort, de 69 anos, enfrenta 18 acusações no primeiro julgamento decorrente da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre o papel da Rússia na eleição presidencial norte-americana de 2016. Manafort se declarou inocente para todas as acusações.

A principal contadora de Manafort, Heather Washkuhn, que supervisionava capitais pessoais e de negócios de Manafort, declarou que pensava ter conhecimentos completos das questões financeiras de Manafort, mas que não tinha ciência dos capitais fora dos EUA.

Washkuhn, diretora-gerente do escritório de auditoria Nigro Karlin Segal Feldstein & Bolno, disse que Manafort era "muito detalhista" e "aprovava cada centavo" que a companhia pagava de sua conta pessoal.

Procuradores apresentaram evidências de que Manafort enviou por email uma declaração adulterada de lucros e perdas para um banco de Chicago no qual buscava um empréstimo.

Os procuradores mostraram para membros do júri um email de Washkuhn ao banco, mostrando que durante 20 de novembro de 2016 a companhia de Manafort tinha uma perda líquida de US$ 1,1 milhão. Eles então mostraram outro email, que disseram ter sido enviado por Manafort para um executivo do banco com uma declaração de lucros e perdas para setembro de 2016 anexada. O documento dizia que a companhia de consultoria de Manafort possuía um lucro líquido de US$ 3,01 milhão. Washkuhn disse não ter elaborado o segundo documento.

Vendedores que forneceram bens e serviços de luxo à família Manafort prestaram na quarta-feira e nesta quinta que recebiam frequentemente pagamentos por transferência bancária de diversas companhias, como Peranova Holdings Limited, Global Highway Limited e Lucicle Consultants Limited.

Washkuhn afirmou nesta quinta-feira que não possuía qualquer ideia de que estas empresas eram possuídas ou controladas por Manafort.

Mueller tem seguido com uma investigação de 14 meses sobre o papel da Rússia na eleição presidencial norte-americana de 2016 e possível coordenação entre a campanha de Trump e Moscou, embora nenhuma das acusações envolvendo Manafort envolva esta questão.

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