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Procuradora da Venezuela é acusada de mau uso de dinheiro público

O porta-voz do grupo ligado a Maduro pediu que o controlador-geral instale um sistema de controle externo e interno sobre a Procuradoria-Geral

Luisa Ortega: "Luisa Ortega veio incorrendo em mau uso de recursos públicos" (Marco Bello/Reuters)

Luisa Ortega: "Luisa Ortega veio incorrendo em mau uso de recursos públicos" (Marco Bello/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de julho de 2017 às 21h38.

Última atualização em 3 de julho de 2017 às 21h47.

Caracas - Um grupo de venezuelanos ligados ao governo de Nicolás Maduro apresentou nesta segunda-feira uma denúncia à Controladoria-Geral da República contra a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz, acusada por eles de ter cometido o crime de mau uso de dinheiro público.

O coordenador-geral da chamada Frente de Profissionais Patriotas, Andrés Giuseppe, disse à emissora estatal "VTV", acompanhado por outras cinco pessoas, que a denúncia foi feita em nome daqueles que "defendem a revolução e a Constituição".

"Luisa Ortega veio incorrendo em mau uso de recursos públicos. Por isso viemos pedir ao controlador-geral, Manuel Galindo, que abra um procedimento administrativo", disse Giuseppe.

O porta-voz do grupo pediu que Galindo instale um sistema de controle externo e interno sobre a Procuradoria-Geral para investigar a "má gestão de recursos públicos".

"Estamos falando especificamente do caso relacionado com a nomeação, de maneira fraudulenta, ilícita, irrisória, de um vice-procurador", disse Giuseppe.

Ele se referia ao vice-procurador-geral, Rafael González Arias, nomeado em abril por Ortega Díaz sem a autorização da Assembleia Nacional, o que fez o Tribunal Supremo de Justiça anular a indicação e decidir designar um novo nome para o cargo de maneira provisória.

A Assembleia Nacional, controlada pela oposição, confirmou hoje González Arias no cargo e apoiou a atuação da procuradora-geral, que se rebelou contra o governo de Maduro. Um julgamento que começa amanhã poderá tirar Ortega Díaz do Ministério Público.

"A procuradora descumpriu a Constituição, descumpriu a lei orgânica do Ministério Público. Ela incorreu em falta administrativa grave", afirmou Giuseppe.

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