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Procurador ordena mudança de Mubarak do hospital para prisão

A decisão foi tomada depois que relatórios médicos sobre a saúde do ex-presidente revelaram que Mubarak pode continuar seu tratamento na prisão


	O ex-presidente Hosni Mubarak, na Academia de Polícia do Cairo: o novo julgamento de Mubarak começará em 11 de maio
 (Maher Iskandar/AFP)

O ex-presidente Hosni Mubarak, na Academia de Polícia do Cairo: o novo julgamento de Mubarak começará em 11 de maio (Maher Iskandar/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2013 às 13h17.

Cairo - O procurador-geral do Egito, Talaat Ibrahim, ordenou nesta quarta-feira que o ex-presidente Hosni Mubarak seja transferido do hospital onde está internado para a prisão de Tora.

Desta forma, Mubarak continuaria cumprindo prisão preventiva. A decisão foi tomada depois que relatórios médicos sobre a saúde do ex-presidente, solicitados a pedido do procurador, revelarem que Mubarak pode continuar seu tratamento na prisão, pois esta teria os recursos necessários para o atender.

A Procuradoria Geral pediu em 13 de abril, dia no qual começou a repetição do julgamento de Mubarak, um relatório sobre o estado de saúde do ex-mandatário para avaliar a possibilidade de enviá-lo novamente para a prisão de Tora.

Os relatórios concluíram que não é necessário que Mubarak permaneça no Hospital das Forças Armadas de Maadi, onde está internado desde o final de dezembro do ano passado.

A medida da Procuradoria Geral ocorre no mesmo dia em que a Justiça fixou uma nova data para a repetição do julgamento do ex-presidente por seu envolvimento na morte de manifestantes na revolução de 2011, que o retirou do poder.


Segundo disseram à Agência Efe fontes judiciais, no dia 11 de maio um novo tribunal penal iniciará o julgamento. No sábado passado, o juiz que estava à frente do caso decidiu abandonar o processo.

O ex-mandatário vem alternando estadias na prisão e no hospital. Mubarak solicitou sua libertação recentemente, mas há dois dias um tribunal decidiu que ele estava inocentado da morte de manifestantes mas deveria permanecer detido por acusações de corrupção.

Mubarak enfrenta um novo julgamento depois que a mesma corte de apelação anulou em janeiro sua sentença à prisão perpétua pela morte de manifestantes.

Junto ao ex-presidente também voltam ao banco dos réus o ex-ministro de Interior Habib al Adli, também condenado a prisão perpétua em sua primeira sentença, e seis de seus ajudantes que tinham sido absolvidos.

Mubarak, seus dois filhos e um empresário também estão sendo julgados por enriquecimento ilícito e por favorecer a exportação de gás a Israel a preços abaixo do valor de mercado.

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