Mundo

Procurador-geral dos EUA nega conspiração com Rússia

Sessions afirmou que qualquer insinuação de que conspirou com a Rússia para influir no resultado das eleições é "uma mentira espantosa"

Jeff Sessions: "é uma mentira espantosa e detestável" (Kevin Lamarque/Reuters)

Jeff Sessions: "é uma mentira espantosa e detestável" (Kevin Lamarque/Reuters)

E

EFE

Publicado em 13 de junho de 2017 às 17h07.

Última atualização em 13 de junho de 2017 às 17h56.

Washington - O procurador- geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, afirmou nesta terça-feira que qualquer insinuação de que conspirou com o governo da Rússia para influir no resultado das eleições presidenciais de 2016 é "uma mentira espantosa".

"Nunca me reuni ou tive nenhuma conversa com nenhum funcionário russo ou com nenhum funcionário de nenhum governo estrangeiro para influir nas eleições dos Estados Unidos", disse Sessions ao Comitê de Inteligência do Senado, responsável por investigar a suposta ingerência russa no pleito de novembro, que teve Donald Trump como vencedor.

"Qualquer sugestão de que participei de qualquer conluio com o governo russo para ferir este país, ao qual tive a honra de ajudar durante 35 anos, ou de que tentei escavar a integridade do nosso processo democrático é uma mentira espantosa e detestável", acrescentou.

O procurador-geral reiterou que se afastou da investigação sobre a Rússia no dia 2 de março porque tinha participado ativamente da campanha de Trump e não considerava apropriado participar de uma investigação que pudesse envolver o entorno do agora presidente.

"Me inibi da investigação não por ter cometido nenhuma má conduta durante a campanha, senão pelos regulamentos do Departamento de Justiça", alegou.

A decisão de Sessions de se afastar da investigação ocorreu, no entanto, logo após a imprensa americana revelar que ele teve dois encontros durante a campanha presidencial com o embaixador russo nos Estados Unidos, Sergey Kislyak, os quais não revelou no Senado durante sua audiência de confirmação no cargo.

O depoimento de Sessions ao Comitê de Inteligência do Senado serviu como resposta ao que foi dado na semana passada ao mesmo comitê pelo ex-diretor do FBI James Comey.

Este último insinuou que Sessions deixou a investigação sobre a suposta ingerência russa em 2 de março devido à sua participação em uma série de fatos que, por serem sigilosos, não revelou ao público.

Segundo a imprensa americana, Comey disse aos membros do Comitê de Inteligência do Senado em um encontro a portas fechadas que Sessions teria tido uma terceira reunião - até agora desconhecida - com Kislyak no hotel Mayflower, em Washington.

Diante dos senadores, Sessions negou esse terceiro encontro e explicou que participou no hotel de uma recepção com grande quantidade de presentes, e que o embaixador russo pode ter comparecido como um deles.

"Se houve algum tipo de interação breve com o embaixador russo durante essa recepção, não lembro", afirmou Sessions.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)Rússia

Mais de Mundo

Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais

Qual o risco de guerra entre Líbano e Israel após as explosões de pagers?

Guarda Revolucionária do Irã promete 'resposta esmagadora' por ataques no Líbano

Biden receberá Zelensky na Casa Branca para falar sobre guerra com a Rússia