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Procurador-geral da Venezuela diz que buscará "restabelecer paz"

Saab indicou que "a função do MP nesta nova etapa" é para "melhorar" e "avançar", bem como para recuperar a "credibilidade da instituição"

Tarek Saab: "Quando o país buscava um ponto de acordo aparecia a senhora ex-procuradora para praticamente tingir o país de sangue" (Andres Martinez Casares/Reuters)

Tarek Saab: "Quando o país buscava um ponto de acordo aparecia a senhora ex-procuradora para praticamente tingir o país de sangue" (Andres Martinez Casares/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 16h26.

Caracas - O novo procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, disse nesta segunda-feira que buscará "restabelecer a paz cidadã" e que promoverá a justiça com equidade, ao mesmo tempo em que apontou que sua antecessora no cargo, Luisa Ortega Díaz, foi "cúmplice" da violência no país durante os últimos quatro meses.

"Assumimos esta nova função com o maior grau de responsabilidade na busca do equilíbrio (...) para promover a justiça com equidade, os direitos humanos e fazer um grande esforço; contribuir com um grão de areia para restabelecer a paz cidadã", declarou Saab em uma coletiva de imprensa no Ministério Público (MP).

Saab indicou que "a função do MP nesta nova etapa" é para "melhorar" e "avançar", bem como para recuperar a "credibilidade da instituição", que, em seu julgamento, se perdeu nos "últimos tempos".

Nesse sentido, o novo procurador-geral destacou que sua antecessora foi "cúmplice" da violência no país durante os últimos quatro meses, tempo em que se desenvolveu uma onda de protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

"Estou convencido de que essa atitude que teve a senhora ex-procuradora atentou contra a paz da república, não me cabe a menor dúvida. Desde a primeira declaração de 31 de março do presente ano (quando declarou a ruptura da ordem constitucional) até a mais recente que deu antes de converter-se em ex-procuradora geral", afirmou.

Segundo Saab, cada declaração da ex-procuradora-geral durante esse tempo causou "um grave dano à institucionalidade democrática" do país e colocaram em perigo "a paz cidadã".

"Quando o país buscava um ponto de acordo aparecia a senhora ex-procuradora para praticamente tingir o país de sangue, de gasolina", lamentou.

A Venezuela vive desde abril uma série de manifestações a favor e contra o governo, que já deixaram 121 mortos, situação que se aguçou desde a instalação da Assembleia Constituinte na sexta-feira passada, que não é reconhecida pela oposição e vários governos e organismos internacionais.

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