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Procurador-geral da Venezuela diz estar sendo ameaçado de morte pelos EUA

Ameaças seriam contra aqueles que tentarem prejudicar o autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó

Venezuela: País passa pela maior crise econômica e política de sua história (Manaure Quintero/Reuters)

Venezuela: País passa pela maior crise econômica e política de sua história (Manaure Quintero/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de fevereiro de 2019 às 19h58.

Caracas - O procurador-geral da Venezuela, Tareq William Saab, disse nesta sexta-feira que interpreta como uma "ameaça de morte" a advertência feita pelo governo dos Estados Unidos para aqueles que tentarem prejudicar o chefe da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente do país.

"Posso interpretar isso que os EUA estão fazendo como uma ameaça de morte a mim. Se eles dizem 'cuidado, não toque fulano ou sicrano', então expressam, com duplo sentido, que estão me ameaçando de morte", disse o procurador em entrevista à "Globovisión".

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, escreveu na última semana no Twitter que "haverá sérias consequências para aqueles que tentem subverter a democracia e prejudicar Guaidó". Para Saab, isso foi uma ameaça a ele.

Segundo o procurador, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, "disse claramente que o presidente da Venezuela é Nicolás Maduro" e ele comanda o "único governo que se entenderá com a ONU".

"Que a CIA vá e prenda Guterres por ter dito isso", ironizou.

"Nenhum cidadão, sendo parlamentar ou não, escapa do sistema de Justiça. O presidente Donald Trump não é presidente da Venezuela e não pode dar ordens à nossa Justiça", continuou Saab.

O procurador-geral pediu na terça-feira que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) emita uma ordem para impedir a saída de Guaidó do país, uma medida que faz parte de uma investigação preliminar pelo fato de o líder opositor ter se autoproclamado presidente.

Saab também pediu o bloqueio das contas de Guaidó.

Todos os pedidos do procurador-geral foram atendidos seis horas depois pelo Supremo e confirmados pelo presidente da corte, Maikel Moreno. EFE

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