Ratko Mladic: ele é acusado de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra (Serge Ligtenberg/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2012 às 09h50.
Haia - O processo contra o ex-chefe militar dos sérvios da Bósnia Ratko Mladic, suspenso na quinta-feira pela hospitalização do acusado, será retomado na segunda-feira, anunciou nesta sexta-feira o Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII).
"Constato que o senhor Mladic não está presente no banco dos réus", declarou o juiz Alphons Orie, em uma audiência em Haia.
"Desejo vê-lo novamente na segunda-feira pela manhã", acrescentou o juiz Orie dirigindo-se à segunda testemunha da acusação, David Harland, especialista em assuntos civis e conselheiro político da força de proteção das Nações Unidas (FORPRONU) entre junho de 1993 o fim da guerra (1995).
Rakto Mladic, de 70 anos, desmaiou na manhã de quinta-feira durante a audiência e precisou ser hospitalizado "por precaução", segundo a porta-voz do TPII, Nerma Jelacic.
Mladic é acusado de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos durante a guerra na Bósnia (1992-1995), na qual morreram 100 mil pessoas e outras 2,2 milhões precisaram se deslocar.
Segundo a acusação, seus homens mataram, estupraram, torturaram, prenderam e expulsaram milhares de muçulmanos e croatas em 14 municípios da Bósnia, entre os quais Grabovica.
Ratko Mladic é acusado, em particular, do massacre de Srebrenica, em julho de 1995, durante o qual cerca de 8.000 homens e adolescentes muçulmanos foram executados pelas forças sérvias da Bósnia, o pior massacre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
O massacre de Srebrenica foi classificado de genocídio pela justiça internacional. Esta cidade que estava sob proteção dos capacetes azuis da ONU caiu nas mãos das forças sérvias da Bósnia no dia 11 de julho de 1995.