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Procel fez o país economizar 9 bi de kWh de energia em 2012

Segundo gerente da Eletrobras, economia representa 2% do consumo total brasileiro de energia elétrica durante o ano passado


	Mulher com criança examina máquina de lavar em loja: Procel trabalha em parceria com Inmetro e com associações de fabricantes, uma vez que a adesão ao Selo Procel é voluntária
 (Nacho Doce/Reuters)

Mulher com criança examina máquina de lavar em loja: Procel trabalha em parceria com Inmetro e com associações de fabricantes, uma vez que a adesão ao Selo Procel é voluntária (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2013 às 17h57.

Rio de Janeiro - O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), criado em 1985 pelo governo federal e gerido pela Eletrobras, obteve uma economia de energia para o país, no ano passado, de 9 bilhões de quilowatts-hora (kWh), de acordo com o Relatório de Resultados, divulgado pela estatal.

O gerente do Departamento de Desenvolvimento da Eficiência Energética da Eletrobras, Emerson Salvador, disse hoje (9) à Agência Brasil que a economia representa 2% do consumo total brasileiro de energia elétrica durante 2012. “Para entender um pouco melhor o que isso representa, é o consumo anual de aproximadamente 5 milhões de residências brasileiras, durante um ano”, exemplificou.

O resultado registrado foi recorde da série do Procel e significou um aumento de 36% em termos de energia economizada em relação a 2011.

Salvador atribuiu o desempenho à série de ações desenvolvidas pelo programa que trabalham o conhecimento e a difusão da informação sobre hábitos eficientes. “A gente trabalha a mudança de comportamento e tem uma vertente mais tecnológica, de avaliar os produtos e conceder o Selo Procel aos mais eficientes, que gastam menos energia elétrica”.

A cada ano, a Eletrobras e o Procel vêm intensificando a inclusão de novos equipamentos para avaliação e concessão do selo de eficiência. Os primeiros produtos avaliados foram geladeiras e os motores elétricos usados nas indústrias. “Foi entrando uma série de equipamentos que hoje representam este resultado. O recorde expressivo [de 2012] é fruto desse trabalho”, declarou Salvador.

O Procel trabalha em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que é o órgão certificador brasileiro, e com associações de fabricantes, uma vez que a adesão ao Selo Procel é voluntária. A maioria das empresas, porém, entende que o selo é necessário, destacou Salvador. “A sociedade cobra isso, cobra sustentabilidade e baixo impacto ambiental. Tudo isso se traduz no selo, que diz para o consumidor que aquele é o melhor equipamento que existe no mercado”.


Segundo o gerente de Desenvolvimento da Eficiência Energética, o Procel engloba atualmente 36 categorias de equipamentos que foram avaliados e receberam o Selo Procel de eficiência energética no Brasil. ”Só no ano passado, 44 milhões de equipamentos foram vendidos no Brasil com o Selo Procel”.

Está no planejamento do programa a inclusão de mais equipamentos, entre os quais fornos microondas e ferros de passar roupa. “A gente está trabalhando no nosso laboratório de pesquisa para que nos próximos anos eles sejam avaliados”. Também o chuveiro elétrico deverá ser analisado pelo Procel.

“O chuveiro elétrico é importante porque representa boa parte do consumo das residências, principalmente no inverno”, disse Salvador. “Está no rol dos nossos projetos futuros para poder estabelecer os parâmetros que a gente tem que avaliar. Os mais eficientes receberão o selo”.

Contabilizando os 25 anos de existência do Procel, a economia de energia elétrica atingiu 60 bilhões de kWh. O gerente ressaltou que grande parte da matriz energética nacional é limpa, sendo a maioria da produção feita por fonte hidráulica. Isso faz com que as emissões de gases poluentes não sejam elevadas.

“Toda energia que não é gasta, ou seja, que é conservada, ela pode ser atrelada a um índice de emissão de gás carbônico evitada. No ano passado, foram 624 milhões de toneladas de gás carbônico que deixaram de ser emitidos na atmosfera”. Isso corresponde às emissões de mais de 200 mil veículos durante um ano.

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