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Pró-russos denunciam dezenas de civis mortos em Donetsk

Dezenas de pessoas, a maioria civis, morreram em combates entre as forças ucranianas e os milicianos pró-russos, segundo os separatistas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2014 às 14h56.

Donetsk - Dezenas de pessoas, a maioria civis, morreram nesta segunda-feira em combates entre as forças ucranianas e os milicianos pró-russos na cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia, denunciaram os rebeldes.

"Há dezenas de mortos na cidade, principalmente civis. Os combates estão acontecendo em todo o perímetro da cidade. A situação é muito complicada. A aviação bombardeia também a estação ferroviária", disse um dos líderes dos sublevados, Andrei Purguin.

As explosões puderam ser ouvidas em praticamente toda a cidade desde primeira hora da manhã, como constatou a Agência Efe.

De acordo com a administração regional de Donetsk, quatro pessoas morreram na retomada dos combates entre as milícias insurgentes pró-russas e as forças do governo, duas delas com a queda de um foguete em um edifício residencial.

"Nestes momentos, só se permite a passagem por essa zona dos veículos de serviços de emergência", disse o centro de imprensa da autoproclamada república popular de Donetsk.

Acrescentou que também há combates na aldeia de Naitalovo na estrada entre Donetsk e Krasnoarmeisk.

Os combates, nos quais o exército ucraniano emprega tanques e peças de artilharia, obrigaram muitos dos moradores da região a se esconderem nos refúgios subterrâneos habilitados pelas autoridades locais.

Um incêndio foi declarado na estação de ônibus Zapadni, e na de trens houve um tiroteio, o que interrompeu o tráfego em alguns pontos da cidade.

Por este mesmo motivo as autoridades também decidiram cancelar a saída de algum dos trens, uma das poucas formas de deixar a cidade devido ao fechamento do aeroporto.

A maioria dos comércios dos bairros próximos à estação de trem de Donetsk fecharam suas portas à espera da normalização da situação.

Os combates explodiram quando vários tanques do exército ucraniano tentaram entrar na cidade por Avdeyevka, incursão que foi repelida pelos milicianos, informaram os rebeldes.

"As balas passavam logo acima de nossas cabeças", contou, entre lágrimas, uma mulher que estava na sede do governo da autoproclamada república popular de Donetsk.

Na cidade mal se vê gente pelas ruas desde que os insurgentes impuseram o toque de recolher.

O prefeito de Donetsk, Aleksandr Lukianchenko, recomendou hoje que os cidadãos residentes nas áreas afetadas pelos bombardeios que não saiam de casa sob nenhuma condição, já que "estão acontecendo ações militares".

O aeroporto é, há semanas, o front bélico mais próximo de Donetsk, onde os rebeldes se renderam várias fortificações desde o fim do cessar-fogo, em 28 de junho.

A Efe viu no domingo vários caminhões com milicianos e peças de artilharia abandonarem a cidade, que está rodeada de incontáveis postos de controle de estrada.

Os hotéis de Donetsk estão quase vazios e seus únicos clientes são os repórteres que viajaram para cobrir a queda do avião malásio ali com 298 pessoas abordo.

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