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Prisões políticas em Cuba caíram para 652 casos em julho

Comissão cubana informou que houve 652 detenções por motivos políticos em julho na ilha


	Cuba: este é o número mais baixo nos últimos dez meses
 (Spencer Platt/Getty Images)

Cuba: este é o número mais baixo nos últimos dez meses (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 13h58.

Havana - A dissidente Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) informou nesta segunda-feira que houve 652 detenções por motivos políticos em julho na ilha, o número mais baixo nos últimos dez meses.

No relatório mensal sobre a repressão no país, o grupo liderado pelo ativista Elizardo Sánchez assinalou que essa redução no número de prisões "não afetou a alta capacidade do controle político e social que caracteriza o governo de Cuba".

Também argumentou que essa queda pode ser uma reação às preocupações expressadas em meados do mês pela União Europeia, o governo dos Estados Unidos e várias ONGs por "uma alta da repressão contra as Damas de Branco".

A CCDHRN denunciou que, apesar desses números, aumentaram os casos de agressões físicas em julho, que afetaram 111 opositores pacíficos.

O grupo opositor citou o caso específico de Luís Enrique Santos Caballero, membro do Movimento Opositor por uma Cuba Libre, alegando que o dissidente foi "brutalmente espancado" por agentes policiais no último dia 22 de julho na cidade de Santa Clara, onde vive, no centro do país.

Segundo o relatório, Santos Caballero, "depois de uma semana, apresentava diversas lesões no rosto e outras partes da cabeça".

Também notificou que Deibis Sardiñas Moya, militante da mesma organização que Santos Caballero, preso em 29 de julho, permanece detido sob a acusação de "periculosidade social pré-delitiva".

O governo cubano considera os dissidentes "contra-revolucionários" e "mercenários" a serviço dos Estados Unidos.

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