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Prisão domiciliar para capitão Schettino

Schettino é acusado de homicídio culposo múltiplo e abandono de navio

O navio encalhou em frente à costa da ilha e ficou inclinado a 80 graus. No acidente morreram 30 pessoas (Vincenzo Pinto/AFP)

O navio encalhou em frente à costa da ilha e ficou inclinado a 80 graus. No acidente morreram 30 pessoas (Vincenzo Pinto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 17h30.

Roma - A Corte Suprema italiana decidiu nesta terça-feira que o capitão do cruzeiro "Costa Concordia", Francesco Schettino, vai permanecer sob prisão domiciliar à espera da conclusão das investigações sobre o naufrágio do navio em 13 de janeiro.

A decisão do Supremo rejeitou tanto o pedido da Promotoria da província de Grosseto, que solicitava a prisão cautelar de Schettino, assim como o da defesa do capitão, que pedia sua libertação, informou a imprensa italiana.

Por outro lado, foi confirmada a sentença de um Tribunal de Florença de fevereiro e a da juíza de instrução Valeria Montesarchio, de 17 de janeiro, que opinaram pela prisão domiciliar de Schettino por considerar que não existia risco de fuga.

A opinião não é amparada pela Promotoria de Grosseto, que conduz as investigações sobre o acidente e sempre pediu a prisão cautelar do capitão, pois sustenta haver risco de fuga, assim como o de manipulação de provas por parte do capitão do "Costa Concordia".

Schettino é acusado de homicídio culposo múltiplo, abandono de navio, naufrágio e por não ter informado imediatamente as autoridades portuárias da colisão do cruzeiro contra as rolhas, o que provocou o naufrágio da embarcação em 13 de janeiro deste ano.

O cruzeiro "Costa Concordia", no qual viajavam 4.229 pessoas, delas 3.209 passageiros, encalhou em frente à costa da ilha do Giglio, nos mar Tirreno, depois de Schettino decidiu, supostamente sem autorização, se aproximar da costa da ilha. Durante essa manobra, o navio atingiu as rochas, provocando a ruptura do casco.

O navio encalhou em frente à costa da ilha e ficou inclinado a 80 graus. No acidente morreram 30 pessoas.

Em meados de fevereiro, a Promotoria aumentou para nove o número de investigados pelo naufrágio. Foram incluídas sete novas pessoas, entre eles, três funcionários da empresa proprietária da embarcação, Costa Cruzeiros. 

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