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Príncipe Charles causa polêmica ao fazer alerta sobre clima

Segundo príncipe, empresas deveriam agir contra as mudanças climáticas para não mais ver o mundo seguir no caminho da destruição

Príncipe Charles, do Reino Unido, durante um discurso na conferência Capitalismo Inclusivo, em Londres (John Stillwell/Reuters)

Príncipe Charles, do Reino Unido, durante um discurso na conferência Capitalismo Inclusivo, em Londres (John Stillwell/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 16h31.

Londres - O príncipe Charles alertou líderes empresariais nesta terça-feira de que deveriam agir contra as mudanças climáticas, do contrário continuarão vendo o mundo seguir no caminho da destruição, o mais recente comentário do herdeiro do trono britânico neste mês em que seus pontos de vista tiveram repercussão no meio político e diplomático.

Charles, de 65 anos, provocou um incidente diplomático na semana passada ao comparar o presidente russo, Vladimir Putin, com Adolf Hitler, o que levou alguns parlamentares a pedir que o príncipe guardasse suas opiniões para si.

Mas Charles mostrou nesta terça-feira que está determinado a expressar suas opiniões, ao pedir a uma plateia de líderes empresariais globais que tomem duras medidas em relação às mudanças climáticas e o capitalismo, mesmo que isso os tornem impopulares.

Ele disse que o mundo está à mercê de pessoas que agressiva e ferozmente negam que o atual modo de operação está acelerando as mudanças climáticas, o que poderia destruir o mundo.

"Nós podemos escolher agir agora antes que seja finalmente tarde demais, usando todo o poder e influência que cada um de vocês pode prover para criar uma sociedade inclusiva, sustentável e resiliente", disse ele em um discurso em Londres para uma conferência intitulada Capitalismo Inclusivo.

Charles acrescentou: "Haverá, claro, duras escolhas a serem feitas e, acreditem em mim, no curto prazo vocês não serão populares no seu meio, mas se vocês permanecerem firmes e adotarem o tipo de ação que é necessária, tenho toda a confiança de que as recompensas serão imensas".

Ele não fez referência aos comentários supostamente feitos em uma conversa particular no Canadá na semana passada, na qual ele teria comparado as ações de Putin na Ucrânia com as de Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.

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