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Principal rival de Netanyahu amplia liderança nas pesquisas

Primeiro-ministro declarou que governo da União Sionista causaria mudança monumental e perigosa na política


	Benjamin Netanyahu: primeiro-ministro advertiu eleitores que abandonaram o Likud que, sem os seus votos, ele poderá perder a eleição
 (Gali Tibbon/AFP)

Benjamin Netanyahu: primeiro-ministro advertiu eleitores que abandonaram o Likud que, sem os seus votos, ele poderá perder a eleição (Gali Tibbon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2015 às 10h43.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, lançou uma ofensiva de mídia de última hora nesta quinta-feira para combater o que parece ser uma crescente onda de apoio para seu principal adversário na eleição da próxima semana, a aliança centrista União Sionista.

As últimas pesquisas de opinião mostram uma tendência em favor da União Sionista, após semanas de disputa equilibrada com o Likud, de Netanyahu.

O primeiro-ministro advertiu novamente os eleitores que abandonaram o Likud em prol de partidos de direita com linha política semelhante que, sem os seus votos, ele poderá perder a eleição.

Diante da previsão de que na eleição de terça-feira a União Sionista poderá conquistar até 24 cadeiras no Parlamento de 120 membros, enquanto o Likud ficaria com 21, a aliança oposicionista espera que a diferença seja suficiente para convencer o presidente de Israel a chamar seu líder –-o dirigente do partido Trabalhista, Isaac Herzog-– para formar o novo governo de coalizão, em vez de Netanyahu.

"Se a diferença entre o Likud e o Trabalhista continuar a crescer, daqui a uma semana Herzog e Livni se tornarão os primeiros-ministros de Israel, se revezando no cargo, com o apoio dos partidos árabes", disse Netanyahu em uma entrevista publicada no jornal The Jerusalem Post.

Pelo que foi acertado na aliança União Sionista, o trabalhista Herzog ocuparia o cargo de primeiro-ministro de Israel por dois anos e, em seguida, entregaria o posto à centrista Tzipi Livni, a mais proeminente mulher na política israelense, que cumpriria o restante do mandato de quatro anos de governo.

No direitista The Jerusalem Post e no diário conservador Israel Hayom, um ardente defensor de Netanyahu, o atual primeiro-ministro concentrou sua mensagem nos israelenses que desejam que ele continue no cargo, mas pretendem votar em partidos que seriam seus potenciais parceiros em uma coalizão liderada pelo Likud.

Gilad Erdan, um ministro no governo de Netanyahu que é bem próximo dele, disse esperar que o primeiro-ministro dê entrevistas a outros meios de comunicação israelenses nos próximos dias, como parte de uma tentativa de trazer "os partidários do Likud e sua posição ideológica de volta para seu (verdadeiro) lar".

Netanyahu declarou ao Jerusalem Post que um governo da União Sionista "iria causar uma mudança tão monumental na política que é um perigo, e quem quer impedir isso tem de votar no Likud para diminuir a diferença".

O enfraquecimento do Likud nas pesquisas parece indicar que o contencioso discurso de Netanyahu no dia 3 no Congresso dos Estados Unidos contra um potencial acordo nuclear com o Irã teve pouco impacto sobre os eleitores israelenses, há muito tempo acostumados a tais advertências de um líder agora em seu terceiro mandato.

Adversários de Netanyahu, apesar de reconhecerem o perigo de um Irã com armas nucleares, fizeram do alto custo de vida tema central de suas campanhas e alertaram para o isolamento diplomático por causa das políticas duras do país em relação aos palestinos.

Nas duas entrevistas publicadas nesta quinta-feira, Netanyahu novamente fez da segurança seu principal tema.

Herzog e Livni, disse ele ao Jerusalem Post, iriam "prostrar-se completamente a qualquer tipo de pressão" pela troca de terras por paz com os palestinos e aceitar um acordo  com o Irã.

"Nossa segurança está em grande risco, porque há um perigo real de que nós possamos perder esta eleição", disse Netanyahu.

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