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Principal líder tribal pede renúncia do presidente Saleh

Governador de Aden, a segunda maior cidade do Iêmen, Ahmad Qaatabi, já anunciou a renúncia ao cargo

Manifestantes antigovernamentais no Iêmen: Saleh está no poder há 32 anos (Ahmad Gharabli/AFP)

Manifestantes antigovernamentais no Iêmen: Saleh está no poder há 32 anos (Ahmad Gharabli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 11h52.

Sanaa - O líder tribal mais importante do Iêmen, o xeque Sadek al Ahmar, pediu nesta segunda-feira a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, em entrevista ao canal Al-Jazeera.

"Anuncio em nome de todos os membros de minha tribo que me uno à revolução", afirmou Ahmar, que pediu ao presidente que "evite o derramamento de sangue no Iêmen e renuncie ao cargo".

O governador de Aden, a segunda maior cidade do Iêmen, Ahmad Qaatabi, anunciou a renúncia ao cargo, em um momento de muitas demissões no país.

"O governador renunciou para protestar contra o que acontece no país", afirmou um funcionário de seu gabinete.

Aden está na vanguarda dos protestos contra o presidente Saleh, no poder há 32 anos. Várias pessoas morreram nesta cidade em ataques das forças de segurança desde o início das manifestações, no fim de janeiro.

As renúncias de autoridades do regime do presidente Saleh aumentaram após a morte de 52 manifestantes na sexta-feira em Sanaa.

Nesta segunda-feira, dezenas de oficiais do Exército iemenita se uniram aos protestos contra o regime, segundo os manifestantes reunidos na Universidade de Sanaa.

O chefe de Estado destituiu o governo no domingo.

Tanques do Exército cercaram esta manhã o palácio presidencial em Sanaa, área que conta com a presença de dezenas de blindados, depois que um general anunciou adesão ao movimento de protestos populares contra o presidente Ali Abdullah Saleh.

Os tanques também foram deslocados para as áreas do ministério da Defesa e do Banco Central.


A mobilização acontece depois do general Ali Mohsen al-Ahmar, comandante da primeira divisão blindada, ter anunciado apoio às manifestações contra Saleh, que está há 32 anos no poder.

Em um discurso exibido pelo canal Al-Jazeera, o general Al Ahmar anunciou em nome de seus oficiais que apóia o "protesto pacífico dos jovens" que estão acampados na Praça da Universidade em Sanaa.

"Anunciamos que apoiamos e protegemos os jovens que protestam na Praça da Universidade em Sanaa", declarou o general Al-Ahmar.

Ele é o primeiro militar de alta patente que se une aos protestos contra o regime do presidente Ali Abdullah Saleh, que se intensificaram no fim de semana após a morte de 52 manifestantes na Praça de la Universidade.

O anúncio do general Al-Ahmar aconteceu depois da renúncia de três ministros do governo e do embaixador do Iêmen na ONU, o que levou Saleh a destituir o governo no domingo.

Vinte pessoas morreram em combates no domingo entre unidades militares e rebeldes xiitas na região norte do Iêmen, anunciaram fontes militares, ao mesmo tempo que um dos principais oficiais das Forças Armadas anunciou que passou ao lado dos rebeldes.

Os confrontos de domingo aconteceram na região de Al Jawf, perto da fronteira com a Arábia Saudita.

Os combates foram travados entre integrantes da rebelião, muito ativa na região, e soldados e membros de tribos que apóiam o presidente Ali Abdullah Saleh.

Um dos principais oficiais das Forças Armadas, o general Ali Mohsen al-Ahmar, anunciou que se uniu aos protestos contra Saleh.

"Anunciamos que apoiamos e protegemos os jovens que protestam na Praça da Universidade em Sanaa", disse o general Al-Ahmar, comandante da primeira divisão blindada.

Este é o primeiro militar de alta patente que se une aas protestos contra o regime de Ali Abdullah Saleh, que está no poder há 32 anos.

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