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Cérebro de ataque em Barcelona se livrou de extradição em 2015

Abdelbaki Es Satty recorreu e ganhou de ordem de extradição após passar quatro anos preso por tráfico de drogas

Espanha: o juiz também considerou que Es Satty tinha uma "clara raiz trabalhista" e "se esforçou para se integrar na Espanha" (Foto/Reuters)

Espanha: o juiz também considerou que Es Satty tinha uma "clara raiz trabalhista" e "se esforçou para se integrar na Espanha" (Foto/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de agosto de 2017 às 11h55.

Castellón - Um juiz espanhol anulou em 2015 uma ordem de extradição do imã Abdelbaki Es Satty, considerado como o cérebro dos atentados na Catalunha.

Segundo a decisão de um tribunal de Castellón, uma província próxima da Catalunha, obtido pela Agência Efe, a acusação tinha relação com um crime isolado cometido em 2010.

Es Satty foi condenado a quatro anos de prisão por tráfico de drogas em um julgamento realizado em 2012 em Ceuta, cidade espanhola do norte da África.

Após o cumprimento da sentença, o governo de Castellón emitiu uma ordem de extradição do imã do país, mas ele recorreu.

O juiz usou uma jurisprudência europeia para deixá-lo seguir no país. Segundo a jurisprudência, para expulsar um estrangeiro que passou mais de um ano preso, seria necessário existir uma "ameaça real suficientemente grave para a ordem pública".

Na decisão, o juiz também considerou que Es Satty tinha uma "clara raiz trabalhista" e "se esforçou para se integrar na Espanha".

Es Satty era imã em Ripoll, na província de Girona, e é considerado como uma peça-chave na criação do grupo responsável pelos atentados de Barcelona e Cambrils.

O imã morreu na explosão de uma casa em Alcanar, na província de Tarragona, onde o grupo preparou os ataques durantes meses.

Fontes do Tribunal Superior de Justiça da região de Valencia explicaram que na decisão judicial de Castellón não há nenhuma informação dos vínculos do imã com o terrorismo islâmico.

O juiz, na decisão sobre anular a extradição de Es Satty, levou em consideração que ele tinha um contrato de trabalho e um registro de mais de seis anos na Previdência Social.

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