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Como foi o treinamento da futura rainha da Espanha

Princesa criou e consolidou em seus dez anos de casamento um espaço próprio de trabalho cujo conteúdo agora pode ampliar e reorientar

 Pricesa: Constituição espanhola não estabelece funções específicas (Reuters)

Pricesa: Constituição espanhola não estabelece funções específicas (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2014 às 17h06.

Madri - A princesa Letizia está encarando a proclamação de seu marido como Felipe VI com o exemplo próximo da rainha Sofia e baseada em dez anos de experiência na Família Real, preparada para responder com estilo próprio ao que se espera de uma rainha na Espanha, um país abalado pela crise.

A ex-jornalista tem um forte compromisso com a infância e a juventude, a educação, a luta contra doenças e a pesquisa científica, marcas de sua atividade como princesa, que agora terá oportunidade de intensificar, enquanto sua condição de rainha lhe permitirá tornar mais visível seu apoio aos esforços dos espanhóis, especialmente os jovens, em relação à crise econômica.

A Constituição espanhola não estabelece funções específicas para a figura de consorte do chefe do Estado, mas ela criou e consolidou em seus dez anos de casamento um espaço próprio de trabalho cujo conteúdo agora pode ampliar e reorientar.

Para isso, Letizia conta não só com o exemplo próximo da rainha Sofia, promotora de importantes iniciativas sociais e culturais e solidária diante de dramas cotidianos e grandes tragédias, mas com sua própria experiência junto ao príncipe na promoção de iniciativas para ajudar os empreendedores e fomentar oportunidades de trabalho para os jovens.

Ainda resta determinar se, além das oportunidades que oferece com esse fim a estrutura da Fundação Príncipe de Girona, consolidada depois de cinco anos como fórum de iniciativas empreendedoras, cabe a possibilidade de criar alguma instituição que favoreça o desenvolvimento prático das futuras atividades da rainha Letizia.

Também foi o que fez a rainha Sofia, ao apresentar em 1977 um pequeno capital para criar a fundação que leva seu nome, com a qual promoveu projetos educativos, de saúde e humanitários na região ibero-americana, África, Oriente Médio e, nos últimos tempos, também na Espanha, a fim de ajudar os setores mais vulneráveis à crise econômica.

A rainha Sofia seguirá à frente de sua Fundação após a proclamação de seu filho como rei Felipe VI, mas precisará esperar vários dias para confirmar que ocorre com outros projetos nos quais também se envolveu pessoalmente, como suas já tradicionais viagens de cooperação, que a levaram a percorrer 34 países nos últimos 18 anos.

Após a substituição na Chefia do Estado, dependerá da esposa do rei fixar em que medida mudará sua agenda própria de trabalho, se desenvolverá as linhas de atuação que já iniciou como princesa ou empreenderá, além disso, iniciativas pessoais em outras áreas.

Em todo caso, o ponto de partida são dez intensos anos nos quais visitou, sozinha, todas as regiões espanholas, recebeu 2.100 pessoas representativas de todos os âmbitos da vida do país - 7.200 com o príncipe - foi a 190 atos oficiais sozinha e a 1.500 com seu marido. Ao todo, o casal viajou junto a 38 países de quatro continentes.

Entre suas prioridades estão até agora a presidência de honra da Associação Espanhola Contra o Câncer, o combate contra 'doenças raras', o apoio ao estudo e à formação profissional, o fomento da leitura e a aquisição de hábitos saudáveis, mas sem descuidar também não seu compromisso institucional com as Forças Armadas.

Como rainha, deverá dobrar os esforços perante o desafio, partilhado por seu marido, de preservar a privacidade de suas filhas, Leonor e Sofia, e dar a elas um estilo de vida próximo ao do resto das crianças de sua idade, frente às pressões para que a primogênita apareça em público cada vez com mais frequência por ser princesa das Astúrias. EFE

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