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Primeiros resultados na Irlanda apontam vitória do trabalhista Higgins

Político do Partido Trabalhista já obteve 39,6% dos votos

Higgins se declarou "feliz" e "um pouco aflito" por sua vitória, e prometeu que seu governo será de "transformação e inclusão" (Wikimedia Commons)

Higgins se declarou "feliz" e "um pouco aflito" por sua vitória, e prometeu que seu governo será de "transformação e inclusão" (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 20h07.

Dublin - Após o anúncio oficial dos primeiros resultados das apurações na Irlanda, o veterano político Michael D. Higgins, do Partido Trabalhista, pode ser considerado o nono presidente a governar o país.

O político obteve 39,6% dos votos. Ao chegar no centro de apuração de Dublin, Higgins se declarou "feliz" e "um pouco aflito" por sua vitória, e prometeu que seu governo será de "transformação e inclusão".

Agora, somente uma enorme surpresa o impediria de ocupar durante os próximos sete anos a magnífica mansão "Áras an Uachtaráin" (residência oficial em gaélico), no coração do Phoenix Park, em Dublin.

O empresário independente Sean Gallagher, que até esta semana liderava as pesquisas, já reconheceu sua derrota e a vitória do carismático líder trabalhista.


Higgins, o mais velho dos sete candidatos, ainda pode aumentar sua vantagem sobre Gallagher. A apuração deve acabar no sábado. A participação da população esse ano foi baixa e ficou em apenas 50% dos que tinham direito ao voto.

O empresário tem até o momento 28,5% dos votos. Ele sofreu nos últimos dias de campanha acusações de corrupção, principalmente pelo Sinn Féin.

O empresário, conhecido por suas aparições em um "reality" na televisão, assegurou que o novo chefe do Estado receberá todo seu apoio. Gallagher parabenizou Higgins por ter feito uma campanha positiva.

Na terceira posição, com 13,7%, está McGuinnes, um resultado considerado bom para o Sinn Féin (um partido nacionalista) e que reforça a expansão da legenda no sul da ilha.

Além de melhorar sua percentagem de votos em relação ao pleito legislativo de fevereiro, o antigo braço político do já inativo Exército Republicano Irlandês (IRA) conquistou novos eleitores e arejou sua imagem vinculada à violência.

McGuinness, que deixou temporariamente seu cargo de vice-primeiro-ministro da Irlanda do Norte para disputar as eleições, foi submetido a duros interrogatórios sobre sua responsabilidade nas ações do IRA.

O grande favorito no começo da campanha para se transformar no primeiro presidente assumidamente gay da Irlanda, o senador independente David Norris, perdeu votos ao se envolver num escândalo sexual e de tráfico de influência. Ele está em quarto, com 6,2% dos votos.

Mas sem dúvida, o grande derrotado é o candidato do governante Fine Gael (FG), Gay Mitchell, que por sua falta de carisma e apoio de seu próprio partido tem até o momento apenas 6,4% dos votos.

Ele inclusive pode ficar longe dos 12,5% dos votos requeridos para que os três primeiros colocados possam pedir o reembolso das despesas de campanha.

O mesmo pode acontecer com ativista Mary Davis e a ex-eurodeputada Dana Rosemary, que têm apenas 2,8% e 2,9% dos votos, respectivamente.

Pouco mais de três milhões de irlandeses compareceu às urnas nesta quinta-feira, para escolher o sucessor de Mary McAleese na presidência, um posto representativo no país.

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