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Primeiros guerrilheiros das Farc concluem desarmamento

Cerca de 7 mil combatentes das Farc, principal e mais antiga guerrilha do continente, estão agrupados em 26 pontos na Colômbia para desarmamento

Farc: "Com este evento, tem início um processo contínuo de certificações para os membros das Farc que estão fazendo a transição para a vida civil após a abdicação das armas" (John Vizcaino/Reuters)

Farc: "Com este evento, tem início um processo contínuo de certificações para os membros das Farc que estão fazendo a transição para a vida civil após a abdicação das armas" (John Vizcaino/Reuters)

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AFP

Publicado em 12 de maio de 2017 às 22h12.

Doze membros das Farc se tornaram, nesta sexta-feira, os primeiros a completar o processo de desarmamento desta guerrilheira colombiana no âmbito do acordo de paz, informou a missão da ONU responsável por supervisionar o processo.

"Um primeiro grupo de 12 membros das Farc recebeu nesta sexta-feira da Missão das Nações Unidas o certificado de conclusão de desarmamento individual, o que permite-lhes começar formalmente a sua reintegração na vida civil", indicou a ONU em um comunicado.

Representando o governo, o escritório do Alto Comissário para a Paz entregou a acreditação que respalda a conclusão do desarmamento desses membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, marxistas), segundo a Organização das Nações Unidas.

"Com este evento, tem início um processo contínuo de certificações para os membros das Farc que estão fazendo a transição para a vida civil após a abdicação das armas", explicou.

Cerca de 7.000 combatentes das Farc, principal e mais antiga guerrilha do continente, estão agrupados em 26 pontos na Colômbia, em conformidade com o processo de desarmamento acordado no pacto para superar meio século de conflito armado assinado em novembro passado com o governo de Juan Manuel Santos, após quatro anos de negociações em Cuba.

De acordo com o cronograma estipulado no acordo, que visa transformar as Farc em um partido político, todas as armas dos rebeldes deveriam ser entregues em 1º de maio e armazenadas em contêineres ONU.

No final deste mês, de acordo com a agenda, a ONU deve recolher as armas para destruí-las e construir três monumentos.

No entanto, o organismo reconheceu atrasos na implementação do processo de desarmamento, atribuídos aos atrasos na chegada dos rebeldes às áreas de agrupamento por problemas logísticos e jurídicos.

O presidente Santos afirmou que até o final deste mês todas as armas terão sido entregues.

Prêmio Nobel da Paz em 2016 por seus esforços de reconciliação, o presidente declarou na segunda-feira que analisa a possibilidade de ampliar o prazo de entrega das armas.

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