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Primeiros civis começam a deixar região rebelde de Ghuta Oriental

Trata-se de um dos corredores estabelecidos no âmbito de uma "pausa humanitária" de cinco horas anunciada pela Rússia, para resgatar os civis

Síria: uma campanha do regime na região já custou a vida de mais de 600 civis desde 18 de fevereiro (Omar Sanadiki/Reuters)

Síria: uma campanha do regime na região já custou a vida de mais de 600 civis desde 18 de fevereiro (Omar Sanadiki/Reuters)

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AFP

Publicado em 1 de março de 2018 às 11h14.

Um paquistanês e sua esposa foram evacuados do enclave rebelde de Ghuta Oriental, tornando-se os primeiros civis a chegar a Damasco através de um corredor humanitário estabelecido pela Rússia, de acordo com fontes concordantes.

Trata-se de um dos corredores estabelecidos no âmbito de uma "pausa humanitária" de cinco horas anunciada pela Rússia e que entrou em vigor na terça-feira para permitir o fornecimento de ajuda humanitária e a saída de civis desse enclave alvo de uma campanha do regime que custou a vida de mais de 600 civis desde 18 de fevereiro.

Nesta quinta-feira, uma fonte do Crescente Vermelho Sírio e o OSDH afirmaram que um casal de paquistaneses idosos, Saghran Bibi e Mohamad Fadl Akram, de 73 anos, havia sido evacuado na tarde de quarta.

Por sua vez, Mohammad Alush, líder do Yaish Al-Islam, uma das principais facções rebeldes que controla o enclave, confirmou no Twitter a partida do casal paquistanês.

"Foi a única evacuação que aconteceu" desde o início da "pausa humanitária", disse Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH, à AFP.

No entanto, de acordo com Rahman, a evacuação não foi realizada graças à trégua russa, mas por meio de "negociações conduzidas pela embaixada paquistanesa".

O casal paquistanês vive na Síria desde 1974 e teve que deixar para trás cinco filhos e doze netos.

"O Estado [sírio] não deu sua autorização", explicou Akram à AFP. "Que Deus os proteja, não quero mais nada".

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