Cairo (Egito), 05/02/2025.- O primeiro-ministro palestino e ministro das Relações Exteriores, Mohammad Mustafa, observa durante seu encontro com o ministro das Relações Exteriores egípcio no hotel JW Marriott no Cairo, Egito, 05 de fevereiro de 2025. (Egito) EFE/EPA/MOHAMED HOSSAM (EFE)
Agência de notícias
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 14h08.
O primeiro-ministro da Autoridade Palestina reuniu-se nesta quinta-feira, 16, com representantes da ONU e diplomatas para apresentar um plano de reconstrução de Gaza, apesar das incertezas sobre o papel que seu governo desempenhará no território devastado pela guerra.
"Gostaria de acreditar que dentro de 12 meses a Autoridade Palestina estará plenamente operacional em Gaza", declarou Mohammad Mustafa, poucos dias após a entrada em vigor de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, mediado pelos Estados Unidos.
A Autoridade Palestina, que governa parcialmente a Cisjordânia ocupada, não tem desempenhado um papel na administração de Gaza desde que seu rival, o grupo islamista Hamas, assumiu o controle do território em 2007, embora ainda preste alguns serviços na região.
O plano de paz para Gaza proposto pelo presidente americano, Donald Trump, não descarta a criação de um Estado palestino e sugere permitir um papel para a Autoridade Palestina uma vez que uma série de reformas tenha sido concluída.
No entanto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que se oporá à criação de um Estado palestino e rejeitou quase completamente a possibilidade de que a Autoridade Palestina, com sede em Ramallah, governe Gaza após a guerra.
Mustafa explicou que a Autoridade Palestina elaborou um plano quinquenal para Gaza, dividido em três fases, que exigirá 65 bilhões de dólares (353 bilhões de reais) para intervir em 18 setores distintos, como habitação, educação, governança e outros.
O plano baseia-se no que foi acordado durante a cúpula de países árabes realizada no Cairo em março de 2025, e Mustafa destacou que "os programas de formação policial iniciados com o Egito e a Jordânia já estão em andamento".