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Primeiro-ministro japonês avalia mudança ministerial

Oposição controla o Senado, e governo quer atrair o apoio de partidos menores para aprovar o orçamento

Naoto Kan, primeiro-ministro japonês: tentativa de atrair partidos menores (Getty Images)

Naoto Kan, primeiro-ministro japonês: tentativa de atrair partidos menores (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de dezembro de 2010 às 15h59.

Tóquio - O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, está avaliando uma mudança no ministério antes de uma sessão parlamentar no mês que vem, disse o jornal Nikkei. Ele está tentando atrair para sua coligação um pequeno partido de oposição.

O premiê ofereceu ministérios ao Partido do Sol Nascente, que tem seis membros no parlamento inclusive o ex-ministro das finanças Kaoru Yosano, e o ex-ministro do comércio exterior Takeo Hiranuma, um nacionalista, disse o jornal.

O Partido Democrático, do governo, tem esperança de ganhar o apoio de partidos de oposição menores para conseguir passar o orçamento e outras leis no parlamento. A oposição controla o senado e pode impedir a aprovação de leis.

Mas a ajuda do Partido do Sol Nascente não será suficiente para dar à coalisão uma maioria no Senado nem os dois terços da Câmara que são necessários para vetar leis aprovadas no Senado.

A perspectiva de aprovar projetos de lei apresentados pelo Executivo também se complica porque o articulador do Partido Democrático, Ichiro Ozawa, recusou-se a comparecer a uma comissão parlamentar que estava investigando um escândalo relacionado ao financiamento do governo. A atitude de Ozawa reduziu a popularidade do governo a apenas 20 por cento.

Kan encontrou-se com Ozawa no sábado, mas não fez nenhum progresso. Kan recentemente uniu-se aos partidos de oposição e está pedindo que o articulador compareça à comissão de inquérito.

Se o ministério for refeito, Kan terá dificuldade em decidir o que fazer com o chefe da casa civil Yoshito Sangoku, que tem sido censurado por causa de uma colisão entre um navio chinês e barcos de patrulha japoneses em setembro, disse o Nikkei.

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