Apoiadores do presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi, oram na praça Rabaa Adawiya, onde estão acampados no Cairo: Beblaui começou consultas para formar seu Executivo um dia após ser nomeado primeiro-ministro (Louafi Larbi/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2013 às 10h42.
Cairo - O novo primeiro-ministro egípcio, Hazem al Beblaui, disse nesta quinta-feira em entrevista à Agência Efe que necessita de mais tempo para formar seu governo porque "o país atravessa um período muito difícil".
Beblaui acrescentou que na composição de seu gabinete, o primeiro após o golpe militar que derrubou o presidente Mohamed Mursi, não levará em conta a afiliação islamita ou não islamita de seus ministros, mas apenas dois critérios: "o profissionalismo e a credibilidade".
"Não escolho um ministro porque seja islamita ou não", garantiu Beblaui, um economista liberal que ocupou o cargo de vice-primeiro-ministro e titular de Finanças durante quatro meses em 2011.
Beblaui começou ontem as consultas para formar seu Executivo, um dia após ser nomeado pelo presidente interino, Adly Mansour, como primeiro-ministro.
O economista negou a existência de "obstáculos" em sua missão e explicou que ainda está estudando os nomes dos candidatos para liderar os diferentes ministérios.
O partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, rejeitou ontem negociar ministérios no novo governo egípcio, depois que a presidência revelou que pretendia oferecer cargos para a legenda.