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Reino Unido reage a Trump e reforça apoio a Zelensky como líder eleito

Keir Starmer se posicionou a favor do presidente ucraniano um dia depois do líder americano fazer duras críticas a ele

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 08h16.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2025 às 08h27.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, conversou nesta quarta-feira, 19, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a quem defendeu como um “líder democraticamente eleito”, horas depois de Donald Trump descrevê-lo como um “ditador sem eleições”.

A conversa telefônica foi confirmada por Downing Street (residência oficial e escritório do primeiro-ministro britânico) em um comunicado que informa que o líder trabalhista expressou apoio a Zelensky e disse a ele que era “perfeitamente razoável suspender as eleições em tempos de guerra, como o Reino Unido fez na Segunda Guerra Mundial”.

Starmer também enfatizou a necessidade de trabalharem em conjunto e apoiou “os esforços liderados pelos EUA para alcançar uma paz duradoura na Ucrânia que dissuadirá a Rússia de qualquer agressão futura”.

Essas declarações do premiê britânico, por outro lado, refutam as palavras de Trump horas depois de ele ter feito uma série de acusações ao presidente ucraniano.

Por meio de uma publicação em sua plataforma Truth Social, Trump descreveu Zelensky como um “ditador” por não ter convocado eleições no final de seu mandato, em maio do ano passado e o advertiu que, se não agisse rapidamente, “ficaria sem um país”.

Em vez disso, a lei ucraniana proíbe a ida às urnas sob a lei marcial que reina no país desde o início da invasão pela Rússia, há quase três anos.

Trump subiu o tom contra Zelensky depois de acusar a Ucrânia, na terça-feira, de iniciar a guerra com a Rússia, e o criticou por ter convencido o ex-presidente americano Joe Biden a fazer com que os EUA gastassem dinheiro para entrar em um conflito que não poderiam vencer.

Por sua vez, Zelensky disse de manhã, em uma entrevista coletiva em Kiev, que o presidente dos EUA vivia em um “espaço de desinformação” influenciado pela Rússia, em resposta a outro ataque anterior em que Trump disse que o ucraniano só tinha o apoio de 4% da sociedade de seu país.

Representantes diplomáticos dos Estados Unidos e da Rússia realizaram na terça-feira em Riad (Arábia Saudita) a primeira reunião de alto nível entre os dois países em anos para normalizar as relações e iniciar conversas para chegar a um acordo sobre um fim para a guerra na Ucrânia, sem a presença de Kiev ou da União Europeia.

Por sua vez, os líderes europeus realizaram uma reunião de emergência em Paris na segunda-feira para discutir a segurança europeia e o futuro da Ucrânia; e voltaram a se reunir nesta quarta-feira, com a presença, desta vez, de líderes de outros aliados da Otan.

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