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Primeiro-ministro do Lesoto denuncia golpe militar e foge

Lesoto é um país africano incrustado no território da África do Sul, com área de 30 mil quilômetros quadrados, pouco maior do que o estado de Alagoas


	Primeiro-ministro de Lesoto, Thomas Thabane: Thabane fugiu para a África do Sul no sábado
 (Alexander Joe/AFP)

Primeiro-ministro de Lesoto, Thomas Thabane: Thabane fugiu para a África do Sul no sábado (Alexander Joe/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 13h37.

Brasília - O primeiro-ministro do Lesoto, Thomas Thabane, fugiu para a África do Sul e denunciou um golpe militar contra seu governo no sábado (30). Hoje (1º), Thabane pediu à Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC, da sigla em inglês), que engloba 14 países do Sul do Continente Africano, para intervir no país, enviando forças de paz.

O Lesoto é um país africano incrustado no território da África do Sul, com área de 30 mil quilômetros quadrados, pouco maior do que o estado de Alagoas. Sua população, de aproximadamente 2 milhões de habitantes, é uma das mais homogêneas etnicamente do continente, sendo formada em 99% pela etnia basoto.

Com território montanhoso, que chega a 3 mil metros de altitude, as principais atividades econômicas do país são a agricultura e a criação de ovelhas. Além disso, os recursos enviados por lesotenses que trabalham em minas e fábricas sul-africanas representam 26% do PIB. A expectativa de vida da população não chega a 50 anos de idade.

Samonyane Ntsekele, secretário-geral do partido do primeiro-ministro, que está em Pretória com Thabane, disse que a situação está fora de controle neste momento. “Não basta enviar uma missão [diplomática]. É necessária a intervenção de soldados”.

O Exército negou o golpe de Estado e qualquer intenção de tomar o poder. Em Pretória, Thabane se reuniu, ontem, com ministros dos Negócios Estrangeiros da SADC, em um encontro de urgência para avaliar a situação no país.

O ministro da Função Pública do Lesoto, Motloheloa Phooko, disse que assume a função de primeiro-ministro em exercício, conforme previsto no “protocolo do Executivo”, no caso de ausência do primeiro-ministro e do vice-primeiro-ministro - que estão na África do Sul.

*Com informações da Agência Lusa

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