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Primeiro-ministro do Iêmen apresenta sua renúncia

Renúncia de Bahah, nomeado no último dia 13 de outubro, representa também a renúncia em bloco de todos os membros do governo iemenita, segundo comunicado


	Khaled Bahah: ele apresentou sua renúncia ao chefe de Estado, Abdo Rabbo Mansour Hadi
 (Reuters/Mohamed al-Sayaghi)

Khaled Bahah: ele apresentou sua renúncia ao chefe de Estado, Abdo Rabbo Mansour Hadi (Reuters/Mohamed al-Sayaghi)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 15h11.

Sana - O primeiro-ministro do Iêmen, Khaled Bahah, apresentou nesta quinta-feira sua renúncia ao chefe de Estado, Abdo Rabbo Mansour Hadi, e descreveu a crise que o país vive nos últimos dias como um "labirinto político" que lhe impede de governar com "eficácia".

A renúncia de Bahah, que foi nomeado no último dia 13 de outubro, representa também a renúncia em bloco de todos os membros do governo iemenita, segundo um comunicado divulgado pelo porta-voz do Executivo, Rayeh Badi.

"A renúncia do governo é irreversível", ressaltou.

A mensagem salientou que o gabinete "se nega" a ser arrastado para "um labirinto político no qual não rege nenhuma lei nem regulamento".

A nota destacou que os ministros iemenitas tentaram "o possível" para servir aos interesses do povo e do país com a maior "eficiência, responsabilidade e consciência", mas se deram conta que "nesta situação é inviável".

Bahah assegurou que, com a renúncia apresentada ao chefe de Estado e ao povo iemenita, querem deixar claro que não desejam "ser parte do que está ocorrendo nem do que acontecerá mais adiante" no Iêmen.

Os houthis e o presidente do país chegaram ontem a um acordo de cessar-fogo com o qual pretendem pôr fim a uma crise que arrastava o país rumo a um eventual conflito armado.

Pelo menos 18 pessoas morreram e outras 96 ficaram feridas nos enfrentamentos que ocorreram esta semana entre combatentes rebeldes e forças governamentais em Sana.

Os combatentes xiitas tomaram o controle nos últimos meses de sete províncias do Iêmen, incluindo sua capital, onde a tensão aumentou esta semana com o ataque às sedes presidenciais.

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