Sri Lanka (ValeriiIavtushenko/Thinkstock)
AFP
Publicado em 15 de dezembro de 2018 às 15h18.
Última atualização em 21 de abril de 2019 às 18h13.
A crise política no Sri Lanka parece ter chegado ao fim neste sábado (15), com a renúncia de Mahinda Rajapakse como primeiro-ministro, cuja polêmica nomeação provocou uma luta pelo poder e paralisou o país durante sete semanas.
Rajapakse, que também foi presidente entre 2005 e 2015 e muito criticado por organizações de direitos humanos, realizou uma cerimônia religiosa em sua casa durante a qual assinou uma carta oficializando sua renúncia.
O ex-chefe de Estado não fez declarações à imprensa, mas assessores disseram que devolveria a frota de limousines utilizada desde 26 de outubro, quando foi nomeado pelo presidente Maithripala Sirisena para substituir Ranil Wickremesinghe.
A nomeação de Rajapakse provocou um verdadeiro caos político no país, e Wickremesinghe se recusou a deixar o cargo, denunciando que sua saída era inconstitucional.
O vácuo de poder ameaçou bloquear o orçamento para o próximo ano, uma possibilidade que levou o presidente Sirisena a confiar novamente o governo a Wickremesinghe, apesar de suas diferenças políticas.
"Se o conflito continuasse, terminaríamos o ano sem um orçamento para 2019, e o governo não poderia continuar trabalhando", explicou Yapa Abeywardena, parlamentar do partido presidencial.