Bettel (d) e Destenay se casam: Luxemburgo, de tradição católica, reconheceu em 2004 o direito à união civil de casais do mesmo sexo (AFP/ John Thys)
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2015 às 14h21.
Bruxelas - O primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, se casou nesta sexta-feira com o arquiteto belga Gauthier Destenay, seu parceiro há sete anos.
Às 16h (11h em Brasília), o casal chegou sorridente à Prefeitura de Luxemburgo perante grande expectativa e sob o olhar atento de vários meios de comunicação de toda a Europa, como relata o jornal "L'essentiel" em seu site.
Bettel, de 42 anos, e Destenay, de 36, se casaram poucos meses depois de o parlamento luxemburguês aprovar a lei que iguala o casamento heterossexual e o homossexual, e que também permite a adoção.
Fora da União Europeia (UE), na Islândia, a ex-primeira-ministra Jóhanna Siguroardóttir se casou em 2010 com sua namorada quando estava no cargo.
O primeiro-ministro luxemburguês, que iniciou seu mandato em dezembro de 2013 em substituição a Jean-Claude Juncker, selou seu amor em cerimônia civil da qual ainda não foram divulgados muitos detalhes.
A comemoração, com a presença, entre outros, do primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, será amanhã em um famoso restaurante situado entre Eischen e Arlon, a cidade belga da qual Destenay procede.
Bettel, que nunca evitou falar sobre sua orientação sexual, declarou quando ainda era membro do Conselho comunal da Prefeitura de Luxemburgo que "só se vive uma vez" e que não pensava em se esconder.
Apesar de ser consciente do simbolismo de seu casamento, o político do partido DP (centro-direita) não quis fazer de sua união um evento midiático e recusou os pedidos de cobertura da cerimônia.
Bettel e Destenay vivem desde 2010 em Pacto Civil de Solidariedade (PAC), uma forma de união civil. Luxemburgo, de tradição católica, reconheceu em 2004 o direito à união civil de casais do mesmo sexo.
Bettel revelou em agosto sua intenção de se casar com seu parceiro e que foi o arquiteto quem o pediu em casamento, de acordo com o jornal americano "Los Angeles Times".