Mundo

Primeiro-ministro da Suécia é destituído do cargo por uma moção de censura

A destituição era esperada, depois de a oposição insistir durante a campanha e também após as eleições que votariam contra sua continuidade

Primeiro-ministro da Suécia: o social-democrata Stefan Lofven Lofven e seu governo em minoria continuarão exercendo o poder de forma interina até que a nova Câmara constituída nesta terça (25) (Remo Casilli/Reuters)

Primeiro-ministro da Suécia: o social-democrata Stefan Lofven Lofven e seu governo em minoria continuarão exercendo o poder de forma interina até que a nova Câmara constituída nesta terça (25) (Remo Casilli/Reuters)

E

EFE

Publicado em 25 de setembro de 2018 às 06h58.

Última atualização em 25 de setembro de 2018 às 06h59.

Copenhague - O primeiro-ministro da Suécia, o social-democrata Stefan Lofven, foi destituído do cargo nesta terça-feira, pelo Riksdag (Parlamento), ao perder uma moção de censura apresentada contra ele pela oposição por 204 a 142 votos.

Lofven e seu governo em minoria continuarão exercendo o poder de forma interina até que a nova Câmara constituída hoje, após as eleições gerais disputadas no último dia 9, eleja um novo governo.

O bloco de esquerda ganhou o pleito com 144 cadeiras, contra 143 da Aliança de Centro-direita. O partido de extrema-direita Democratas da Suécia (SD) ficou com 62, e fundamental para assegurar a maioria, embora a princípio, nenhuma das outras forças queira pactuar com ele.

A destituição de Lofven era esperada, depois que tanto a Aliança como o SD insistiram durante a campanha e também após as eleições que votariam contra sua continuidade e de seu governo de coalizão com o Partido do Meio Ambiente, apoiado de fora pelo Partido da Esquerda.

"A Suécia precisa de uma nova direção e um novo governo", disse hoje, o líder conservador, Ulf Kristersson, antes da votação.

O líder do grupo parlamentar social-democrata, Anders Ygeman, lembrou que seu partido foi o mais votado dentro do bloco com mais apoio, previu o fim da política de blocos e advertiu a Aliança de que agora dependerá do apoio ativo do SD.

"Mesmo que seja destituído, a situação na Câmara será a mesma. É por isso que Stefan Lofven continua sendo o candidato mais lógico para tentar formar governo", afirmou Ygeman.

O líder do SD, Jimmie Akesson, afirmou que seu partido tem um ponto de vista "pragmático" e que está disposto a negociar com todos os partidos e assumir compromissos, mas não o fará de graça.

Já o presidente do Parlamento, o conservador Andreas Norlen, deverá iniciar agora as conversas com os líderes dos grupos parlamentares para escolher aquele que ele considere ter o maior apoio para formar um governo e levar adiante os orçamentos.

Os dois principais blocos políticos mostraram seu desejo de governar sem os votos do SD, mas talvez não possam concordar com a forma: a Aliança quer fazer isso sozinha, somente com acordos pontuais, enquanto Lofven prefere liderar um gabinete que inclua também a liberais e centristas, a quem ele estendeu a mão sem sucesso.

Norlen terá até quatro tentativas para escolher um candidato e formar o governo: se nenhum tiver a confiança do Parlamento - algo que nunca ocorreu na Suécia -, serão convocadas eleições antecipadas em três meses. EFE

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesSuécia

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos