Mundo

Primeiro-ministro da Itália clama por uma Europa mais unida

O líder italiano aprovou no último domingo um novo plano de austeridade de 30 bilhões de euro

Monti admitiu que esta é uma semana crucial para a sobrevivência do euro e para que a Itália volte a ser "confiável"
 (Alberto Pizzoli/AFP)

Monti admitiu que esta é uma semana crucial para a sobrevivência do euro e para que a Itália volte a ser "confiável" (Alberto Pizzoli/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 09h19.

Roma - O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, declarou nesta segunda-feira que deseja uma Europa mais unida, 'que não se disperse e se mantenha integrada', apesar das qualidades específicas e próprias de cada país.

O líder italiano, que no último domingo aprovou um novo plano de austeridade de 30 bilhões de euro, fez estas declarações em uma entrevista coletiva realizada no Palácio Chigi, a sede da Presidência do Governo, após um encontro com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.

Monti disse que os assuntos tratados com Rutte estiveram centrados em dois eixos fundamentais: as medidas adotadas pelo último ajuste orçamentário italiano e alguns pontos de interesse em comum, como a situação econômica da zona do euro.

'Encontramos muitos pontos em comum sobre o desejo de reforçar a credibilidade dos mecanismos que governam o euro e a disponibilidade dos instrumentos para fazer frente às difíceis situações que atravessam os mercados', reconheceu o primeiro-ministro italiano.


Monti declarou que entre Itália e Holanda existe 'um particular consenso' em relação à importância de 'reforçar institucionalmente a zona do euro' e de 'criar as mínimas divergências possíveis entre os países desta zona e os outros dez países da União Europeia'.

Rutte se mostrou de acordo com as palavras de Monti e disse estar 'impressionado' com as medidas adotadas no último domingo pelo Governo italiano.

'O Governo holandês apoia plenamente estas medidas e espera que as mesmas sejam adotadas não só pela Itália, mas por toda a Europa. É importante que haja sanções automáticas para quem se equivocar. Esse plano deve organizar melhor o mercado interno europeu', afirmou Rutte.

O primeiro ajuste orçamentário do Executivo de tecnocratas, que recebeu críticas por parte dos sindicatos, prevê, entre outras coisas, aumentar os anos mínimos cotados (42 para homens e 41 para mulheres) para receber a previdência antecipada.

O plano anunciado por Monti também marca o congelamento das pensões acima dos 960 euros e o aumento no IVA em dois pontos percentuais (de 21% para 23%). 

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasEuropaItáliaPaíses ricosPiigs

Mais de Mundo

Domo de Ferro, Arrow, C-Dome e Patriot: Conheça os sistemas de defesa aérea utilizados por Israel

Smartphones podem explodir em série como os pagers no Líbano?

ONU diz que risco de desintegração do Estado de Direito na Venezuela é muito alto

Quem é Ibrahim Aqil, comandante do Hezbollah morto em ataque de Israel a Beirute