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Primeiro-ministro australiano pede fim de processo contra Julian Assange

Fundador do WikiLeaks está preso em Londres desde 2019, aguardando extradição para os EUA sob a acusação de ter divulgado segredos militares sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão

Julian Assange, fundador do Wikileaks, foi preso na embaixada do Equador em Londres em 2019
 (Henry Nicholls/Reuters)

Julian Assange, fundador do Wikileaks, foi preso na embaixada do Equador em Londres em 2019 (Henry Nicholls/Reuters)

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AFP

Publicado em 30 de novembro de 2022 às 08h21.

Última atualização em 30 de novembro de 2022 às 08h21.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, disse nesta quarta-feira (30) que conversou pessoalmente com as autoridades dos Estados Unidos para encerrar os procedimentos legais contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

Assange, que é cidadão australiano, está preso em Londres desde 2019, aguardando extradição para os Estados Unidos sob a acusação de ter divulgado segredos militares dos EUA em 2010 sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.

Se condenado nos Estados Unidos, ele pode passar anos na prisão.

"Algum tempo atrás eu já expressei que é o suficiente. É hora deste assunto chegar ao fim", disse Albanese ao Parlamento.

"Disse isso aos representantes do governo dos Estados Unidos. Minha posição é clara", afirmou.

O líder australiano especificou que não simpatiza com muitas ações de Assange. Mas perguntou: "Qual é o sentido de continuar com estes processos nos quais podemos ficar presos por muitos anos?"

Albanese comparou o tratamento de Assange a Chelsea Manning, cuja sentença de 35 anos de prisão por roubo de documentos secretos foi comutada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama em 2017.

Manning "agora pode participar livremente da sociedade americana", disse Albanese.

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