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Primeiro-ministro: ataques são "pior tragédia desde a Segunda Guerra Mundial"

Jens Stoltenberg fez a declaração em um pronunciamento à população na manhã deste sábado

"Foi um ataque ao paraíso da minha juventude, transformado agora em um inferno", disse o político sobre o ataque (Audun Braastad/AFP)

"Foi um ataque ao paraíso da minha juventude, transformado agora em um inferno", disse o político sobre o ataque (Audun Braastad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2011 às 12h34.

Berlim - O primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, classificou neste sábado de a "pior tragédia desde a Segunda Guerra Mundial" o duplo atentado perpetrado ontem em Oslo e na vizinha ilha de Utoya, com um balanço de pelo menos 87 mortos.

Stoltenberg fez a declaração em um pronunciamento à população na manhã deste sábado, após a Polícia ter indicado que 80 pessoas morreram na ilha, onde centenas de jovens participavam de um acampamento da juventude social-democrata, o partido do primeiro-ministro.

"Foi um ataque ao paraíso da minha juventude, transformado agora em um inferno", acrescentou o político, que antes do atentado marcara uma visita à ilha hoje, lugar que visitou quando era jovem para participar de acampamentos.

O ataque na ilha ocorreu por volta das 10h30 de Brasília, duas horas depois do atentado com um carro-bomba no complexo governamental de Oslo, que deixou sete mortos e 15 feridos.

O ministro da Justiça, Knut Storberget, no pronunciamento junto a Stoltenberg, confirmou as informações divulgadas pela Polícia anteriormente, segundo as quais o suposto autor do massacre, detido após sua ação na ilha, é um norueguês de 32 anos com contatos com a extrema-direita.

Segundo a Polícia, o suspeito tinha "ideias hostis ao islã", como revelou um registro efetuado em sua casa, onde a Polícia encontrou várias mensagens postadas na internet com conteúdo ultradireitista e anti-islã.

O suspeito, detido após o massacre na ilha e identificado pela imprensa como Anders Behring Breivik, agiu sozinho, segundo as investigações policiais em curso.

Testemunhas relataram ao mesmo meio que o agressor entrou no acampamento juvenil social-democrata com uniforme da Polícia e se identificou como tal para ter acesso ao local.

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