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Primeiro-ministro anuncia criação de marinha própria

Serguéi Axiónov acrescentou que no comando estará o contra-almirante Denis Berezovsky, que jurou lealdade à autonomia da região

Contra-almirante Denis Berezovsky aparece em imagens de televisão jurando à autonomia da Crimeia em Sevastopol, na Ucrânia (Reuters TV/Reprodução)

Contra-almirante Denis Berezovsky aparece em imagens de televisão jurando à autonomia da Crimeia em Sevastopol, na Ucrânia (Reuters TV/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2014 às 16h05.

Simferopol - O primeiro-ministro pró-Rússia da Crimeia, Serguéi Axiónov, anunciou neste domingo a criação da Marinha de Guerra desta república autônoma, informou a agência russa "Interfax".

Axiónov, nomeado há três dias pelo Parlamento da Crimeia e não reconhecido pelas autoridades de Kiev, acrescentou que no comando da marinha estará o contra-almirante Denis Berezovsky, que, segundo o próprio governo, jurou lealdade à autonomia após desertar como comandante-em-chefe das forças navais ucranianas.

Antes, o ministro da Defesa da Ucrânia, Vladimir Zamana, negou a suposta deserção de Berezovsky, e disse que o vídeo divulgado pela imprensa russa é "uma provocação", mas pouco depois anunciou sua destituição.

"Acabo de voltar de Sebastopol (porto na Crimeia em que Ucrânia e Rússia têm bases navais), estive lá por um dia. O contra-almirante Berezovsky cumpriu todas as obrigações. O povo agora cumpre seu juramento à Ucrânia em condições muito difíceis", assegurou, em declarações ao serviço em russo da "BBC".

Além disso, Axiónov emitiu nesta noite uma ordem obrigando "todos os militares da marinha ucraniana que servem em Sebastopol a desobedecer as instruções e ordens" procedentes das novas autoridades de Kiev.

"Todas as ordens que eu emita, como comandante-em-chefe da República Autônoma da Crimeia e Sebastopol, deverão ser cumpridas rigorosamente", acrescentou.

Berezovsky foi designado ontem chefe das forças navais ucranianas mediante um decreto do presidente interino de país, Aleksandr Turchinov.

Nas últimas horas, e coincidindo com a intensificação da tensão na Crimeia perante a intervenção russa na república autônoma, a imprensa russa está informando sobre supostas deserções em massa dos militares ucranianos.

O Ministério da Defesa da Ucrânia negou hoje este extremo, e tachou de "provocações" as informações que alguns jornais divulgam nesse sentido.

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