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Primeiro dia da trégua na Síria tem 146 mortes, diz oposição

O cessar-fogo patrocinado pelo mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, fora aceito nesta semana com condições pelo Governo e pela maior parte das facções e rebeldes

Rebelde ajuda companheiro ferido na localidade de Arqub, em Alepo
 (Zac Baillie/AFP)

Rebelde ajuda companheiro ferido na localidade de Arqub, em Alepo (Zac Baillie/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2012 às 08h42.

Cairo - A oposição síria afirma que pelo menos 146 pessoas, muitas delas civis, morreram no país durante a sexta-feira, apesar do cessar-fogo de quatro dias aceito por ambas as partes por ocasião da festa muçulmana do sacrifício.

Segundo informou o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) através de comunicado, 53 civis morreram em todo o país, além de 50 rebeldes e 43 soldados das tropas governamentais.

A maioria das vítimas foi registrada na província de Aleppo, com 34 mortos, e na periferia de Damasco, com 30, onde houve duros combates entre as Forças Armadas sírias e grupos rebeldes.

A explosão de um carro-bomba de grande potência em um bairro de Damasco durante a tarde de ontem marcou o ponto culminante da alta da violência, apesar de a sexta-feira ter iniciado com relativa calma.

Nesse atentado, pelo menos cinco pessoas morreram e 32 ficaram feridas no bairro de Def al Shuk, segundo a televisão estatal.

O cessar-fogo patrocinado pelo mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, fora aceito nesta semana com condições pelo Governo e pela maior parte das facções e milícias rebeldes.

No entanto, pouco após sua entrada em vigor, o Exército sírio acusou os 'grupos terroristas armados' de terem violado o cessar-fogo em várias províncias do país, enquanto assegurou que suas tropas respeitaram a trégua mas se viram 'obrigadas' a responder aos ataques.

Por outro lado, o presidente do OSDH, Rami Abderrahman, reconheceu em declarações à Agência Efe que 'a trégua afundou'.

Ainda assim, supostamente o cessar-fogo segue em vigor, e Brahimi não fez até agora nenhuma avaliação pública sobre o descumprimento da trégua, que não conta com mecanismos de supervisão.

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