Mundo

Primeiro avião com ajuda humanitária da ONU chega a Erbil

Avião com ajuda da ONU para as vítimas civis do jihadista Estado Islâmico no norte do Iraque chegou em Erbil, no Curdistão


	Iraquianos buscam se proteger do Estado Islâmico na região autônoma do Curdistão
 (AFP)

Iraquianos buscam se proteger do Estado Islâmico na região autônoma do Curdistão (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 13h36.

Genebra - O primeiro de uma série de aviões que transportará ajuda da ONU para as vítimas civis do grupo jihadista Estado Islâmico no norte do Iraque chegou nesta quarta-feira em Erbil, capital da região autônoma do Curdistão, no Iraque, que recebeu 600 mil deslocados pela violência.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) confirmou o início da grande operação humanitária.

O primeiro avião aterrissou com cem toneladas de ajuda emergencial procedente de Amã, Jordânia.

Ao todo, o objetivo é fazer chegar ao norte do Iraque mais de 2.400 toneladas de ajuda entre hoje e os primeiros dias de setembro; tanto por via aérea, como marítima e terrestre.

Muitas das vítimas do grupo jihadista Estado Islâmico tiveram que fugir apenas com o que tinham no corpo para salvar suas vidas e agora vivem em edifícios em construção ou simplesmente ao ar livre, em parques ou ao lado de estradas.

Membros de minorias religiosas perseguidos pela milícia islamita, como yazidis e cristãos, fazem parte dos deslocados.

Está previsto que um avião por dia aterrisse na cidade até sábado, enquanto um grupo de 175 caminhões partiu na mesma direção levando ajuda como barracas de campanha, lonas de plástico e móveis e utensílios domésticos essenciais.

O comissário para os Refugiados, o português António Guterres, disse que se trata do maior esforço humanitário em uma década destinado a uma situação individual.

Das 600 mil pessoas deslocadas no Curdistão iraquiano, 200 mil chegaram nas últimas três semanas de Sinjar após a vinda dos jihadistas.

Estima-se que em todo Iraque quase 1,2 milhão de pessoas sofreram deslocamento forçado neste ano, sendo 500 mil na região de Anbar e 600 miil pelo conflito em Mossul e arredores.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoIraqueIslamismoONU

Mais de Mundo

França e Polônia reafirmam posição contra o acordo UE-Mercosul

2ª Expo de cadeia de suprimentos em Pequim foca na integração global

Israel anuncia acordo de cessar-fogo com Hezbollah com apoio dos EUA