Mundo

Primeira-ministra tailandesa diz que não renunciará

Primeira-ministra interina da Tailândia, Yingluck Shinawatra defendeu-se visivelmente emocionada dos ataques de seus opositores e afirmou que seguirá no cargo

Primeira-ministra interina da Tailândia, Yingluck Shinawatra: "todos somos tailandeses, por que temos que prejudicar uns aos outros?", disse (Athit Perawongmetha/Reuters/Reuters)

Primeira-ministra interina da Tailândia, Yingluck Shinawatra: "todos somos tailandeses, por que temos que prejudicar uns aos outros?", disse (Athit Perawongmetha/Reuters/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 09h23.

Bangcoc - A primeira-ministra interina da Tailândia, Yingluck Shinawatra, defendeu-se nesta terça-feira visivelmente emocionada dos ataques de seus opositores e afirmou que seguirá no cargo de forma interina até as eleições de 2 de fevereiro de 2014.

Ontem, o Executivo decidiu dissolver o Parlamento diante das manifestações antigovernamentais que já duram mais de dois meses, informou a imprensa local.

"Todos somos tailandeses, por que temos que prejudicar uns aos outros? Já retrocedi até aqui e não sei para onde retroceder mais. Querem que não volte a pisar em solo tailandês?", perguntou-se Yingluck nas instalações militares onde reuniu seu gabinete.

O Comitê Popular de Reforma Democrática (PDRC, por sua sigla em inglês), organizador dos protestos antigovernamentais, voltou a pedir a saída da primeira-ministra e deu um ultimato de 24 horas à governante, caso contrário intensificará as mobilizações.

"Se ceder, os protestos podem terminar. Se não, o PDRC decidirá que passo adotar", afirmou o porta-voz do grupo, Akanat Promphan.

Os Estados Unidos, por meio de seu Departamento de Estado, pediram que governo e opositores resolvam suas diferenças de forma pacífica após a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições para frear os protestos.

Pelo menos 150.000 pessoas marcharam ontem de vários pontos de Bangcoc até a sede do governo para exigir uma mudança no modelo democrático do país e a saída da primeira-ministra para dar lugar ao PDRC.

O líder dos protestos, o ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, defendeu em discurso a "vitória do povo frente ao regime de Thaksin", em referência ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto em 2006 em um golpe militar.

Suthep acusa a chefe do governo de ser um fantoche de seu irmão mais velho, Thaksin, que segundo os opositores controla o governo de seu exílio em Dubai, onde vive exilado para evitar uma condenação de dois anos de prisão por corrupção.

Pelo menos 5 pessoas morreram e uma centena ficou ferida nos protestos, que começaram em outubro e se tornaram violentos com distúrbios de rua e enfrentamentos com a polícia no final de novembro.

Os manifestantes exigem que um "conselho popular" não eleito assuma o poder e realize reformas no Estado para evitar a corrupção do "regime de Thaksin", solução que o governo considera antidemocrática.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEleiçõesProtestosProtestos no mundoTailândia

Mais de Mundo

Brasileiros crescem na política dos EUA e alcançam cargos como prefeito e deputado

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada