Israel está sendo abastecida agora por uma reserva situada em frente ao litoral do Mediterrâneo, mas o gás é mais caro, de pior qualidade e o abastecimento é insuficiente (Mahmud Khaled/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 18h06.
Jerusalém - A Primavera Árabe, com a consequente queda do regime de Hosni Mubarak no Egito no ano passado, provocou em Israel uma crise energética que elevou o preço da eletricidade nos lares a recordes históricos.
Os israelenses pagarão a partir deste mês de janeiro 24% mais que em março de 2011 pela eletricidade, devido à interrupção do gás natural que era fornecido pelo Egito e o uso alternativo de combustíveis mais caros e poluentes, informou o jornal 'Yedioth Ahronoth'.
A nova tarifa fixa o preço do quilowatt hora em 0,593 shekels (o equivalente a US$ 0,16).
A decisão de elevar o preço da energia foi aprovada por comissão parlamentar que, apesar de ter freado a alta aos 30% como pedia a Companhia Nacional de Eletricidade, advertiu que nos próximos anos a tarifa seguirá subindo.
Os problemas energéticos de Israel se originam na suspensão do abastecimento regular de gás natural a partir do Egito após a queda do regime de Mubarak, conforme acordo que foi sancionado pelo novo regime devido ao preço que era pago pelo gás estava abaixo do mercado.
Além disso, ataques armados em 2011 contra os gasodutos que passam pela Península do Sinai reduziram substancialmente a dependência israelense do gás egípcio.
Israel está sendo abastecida agora por uma reserva situada em frente ao litoral do Mediterrâneo, mas o gás é mais caro, de pior qualidade e o abastecimento é insuficiente.
A empresa de energia elétrica informou há meses que havia tido de passar a empregar o mais caro e contaminante gasóleo para garantir o abastecimento à população.